O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da 1ª Promotoria Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente, em conjunto com a 3ª Promotoria Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente, obteve medidas liminares em quatro ações civis públicas referentes à impugnação de cinco candidaturas ao cargo de conselheiros tutelares no Município de Rio Branco.
A posse dos novos conselheiros, eleitos em votação realizada em outubro do ano passado, está agendada para a próxima quarta-feira (10). Os candidatos que tiveram suas nomeações suspensas por decisões liminares são Reginildo, Doraline Souto, Diene Nunes, Fábio Mello e André Almeida.
As ações propostas pelo MPAC se basearam em diferentes condutas irregulares que motivaram os pedidos de impugnação. No caso de Reginildo, a ação foi fundamentada na suposta prática de maus-tratos contra uma adolescente, conforme inquérito policial instaurado na Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima.
Doraline Souto e Diene Nunes, por sua vez, foram alvo de denúncias anônimas encaminhadas ao MPAC relacionadas ao suposto abuso do poder religioso, evidenciadas por práticas de campanha dentro de um templo religioso e por meio de mensagens enviadas aos fiéis em aplicativos de mensagens instantâneas.
Já Fábio Mello também foi alvo de denúncia anônima sobre a realização de campanha durante um culto religioso. O MPAC aponta ainda que o candidato teria abordado eleitores e distribuído propaganda eleitoral no dia do pleito, caracterizando “boca de urna”, e obteve possível favorecimento por divulgação da candidatura por uma autoridade pública.
Por fim, foi identificada por equipes de fiscalização do MPAC que estiveram presentes durante o pleito a realização de campanha irregular por apoiadores do candidato André Almeida, com distribuição de “santinhos” em frente à Escola Estadual Leôncio de Carvalho.
As liminares também determinam que os candidatos suplentes deverão ser nomeados como forma de garantir a manutenção da composição colegiada do Conselho Tutelar. As decisões são passíveis de recursos.
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), segue com ações de recuperação viária em diferentes bairros da cidade. Nesta terça-feira (14), o prefeito em exercício, Alysson Bestene, acompanhou o andamento das obras nos bairros Montanhês, Jorge Lavocart e Vitória, junto ao secretário adjunto Lucas Guerra e ao diretor de obras José Maurício.
No bairro Vitória, as intervenções abrangem 56 ruas que integram o programa Ruas do Povo, muitas das quais estavam em condições críticas devido à falta de prestação de contas de convênios firmados por gestões anteriores. Até o momento, 32 ruas já foram recuperadas e estão em processo de entrega à Caixa Econômica Federal, com o objetivo de atender às exigências para a finalização do programa.
No Jorge Lavocart, a pavimentação de nove ruas utiliza recursos do Programa Calha Norte, totalizando R$ 3 milhões. O método adotado, com tijolos maciços, beneficia tanto a infraestrutura local quanto a economia da região, gerando empregos diretos e indiretos desde a produção do material até a execução das obras. No bairro Montanhês, o mesmo método de pavimentação está em andamento.
Segundo a equipe técnica da prefeitura, o uso de tijolos permite maior flexibilidade nos trabalhos durante o período chuvoso e maior resistência às deformações que possam ocorrer. Além disso, os serviços têm sido acompanhados por moradores que destacam a melhoria nas condições de tráfego e na aparência das vias.
“Já concluímos 32 das 56 ruas previstas, todas com prestação de contas realizada e dentro dos padrões de qualidade. Isso é o nosso compromisso com a transparência e o uso responsável dos recursos públicos.” Alysson Bestene, prefeito em exercício de Rio Branco, durante visita às obras de pavimentação.Foto: Val Fernandes/Secom
As ações incluem serviços de tapa-buracos e pavimentação em diversas localidades, promovendo melhores condições de deslocamento e qualidade de vida para a população.
O primeiro pagamento de serviços socioambientais pela produção da castanha do Brasil para os cooperados da Cooperxapuri aconteceu na última sexta-feira, (10), durante a Assembleia Ordinária realizada na sede da cooperativa em Xapuri.
130 produtores agroextrativistas foram beneficiados com o pagamento da bonificação do Selo Biodiesel Social (SBS) de R$ 6,00 por lata de castanha, totalizando R$ 274 mil reais pagos pela Grupo Amaggi como compensação pela emissão de carbono.
O Selo Biocombustível Social (SBS) é um componente de identificação concedido pelo Mapa às Unidades Produtoras de Biodiesel (UPB) que incluírem em seus arranjos produtivos agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O selo promove a inclusão socioprodutiva, contribuindo para a geração de emprego e renda, por meio do fornecimento da matéria-prima da agricultura familiar para a produção do biodiesel.
Durante a Primeira Assembleia Ordinária da Cooperxapuri de 2025, foram destacados avanços importantes, como o pagamento do bônus de Serviço Socioambiental (SBS) pelo Grupo Amaggi, e a necessidade de diversificação produtiva para garantir a sustentabilidade econômica e ambiental das unidades rurais. O presidente da Cooperxapuri, Sebastião Aquino, evidenciou a satisfação da cooperativa ter recebido, juntamente com os sócios, a bonificação em dinheiro pela produção sustentável.
“Estamos realizando a primeira Assembleia Ordinária da Cooperxapuri de 2025, e este ano o diferencial é que estamos fazendo o repasse do SBS, um bônus que o Grupo Amaggi está pagando em cima da venda da castanha. Esse recurso está sendo dividido entre a Central, a cooperativa singular, que é a Cooperxapuri, e os cooperados.
Além disso, estamos apresentando para os cooperados a importância de diversificar a produção. Já somos carro-chefe na produção da borracha, temos uma importância grande na cadeia da castanha do Brasil, e devemos avançar na produção do café, das frutas e de outros produtos.
Nós acreditamos que uma colocação ou uma unidade produtiva rural é sustentável quando ela tiver uma variedade de três a cinco produtos, ou mais que isso. Assim, no momento em que um produto estiver em baixa, outro estará em alta.
A gente acredita que a melhoria da família está diretamente ligada ao aumento real da renda. Nosso maior princípio é a produção sustentável, e esse repasse que está sendo feito é o pagamento de serviço socioambiental.”
Estiveram presentes na atividade o presidente do Sistema OCB, Valdemiro Rocha, o presidente do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Júlio Barbosa, o superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro, a representante da Amoprex, Leide Aquino, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, Paulo Pinheiro, entre outros.
A Prefeitura de Rio Branco detalhou alterações previstas para o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 2025 e explicou os problemas enfrentados por contribuintes na emissão de boletos referentes ao exercício de 2024.
De acordo com o secretário municipal de Finanças, Wilson Leite, as dificuldades relatadas não foram causadas por falhas no sistema, mas por procedimentos administrativos impostos pelos bancos. Ele afirmou que o bloqueio de acessos às contas públicas, ocorrido após o fim do exercício fiscal de 2024, é uma prática comum nesse tipo de transição, demandando tempo para regularização e publicação de decretos.
“Na verdade, foi um procedimento que os bancos adotam de tirar esses acessos para depois nós pleitearmos novamente os saldos dessas contas. Então, não foi problema de sistema, foi um problema da burocracia mesmo que é imposta pela rede bancária”, explicou Wilson Leite.
Mudanças para 2025
A principal mudança anunciada para o IPTU de 2025 é a alteração da data de vencimento, que passa a ser 30 de abril. A medida visa evitar problemas decorrentes de alagações recorrentes nos meses de fevereiro e março, como explicou o secretário.
“O imposto será dividido em até oito parcelas, com vencimento final em novembro de 2025. Decidimos já jogar para abril, que é um momento em que sabemos se teve ou não a alagação na cidade.”
Os descontos para pagamento à vista permanecerão inalterados: 20% para contribuintes sem dívidas anteriores e 10% para quem possui débitos, mas optar pelo pagamento integral. Aqueles que optarem por parcelar dívidas de exercícios anteriores não terão direito ao desconto.
Outra novidade é a retomada da campanha “IPTU em Dia Dá Prêmio”, que premiará contribuintes adimplentes com um carro, assim como ocorreu em 2023.
Arrecadação e impacto
Segundo Wilson Leite, se todos os contribuintes pagassem seus impostos em dia, a arrecadação anual poderia chegar a R$ 70 milhões, valor que seria revertido em serviços e melhorias para a população. Em 2023, a arrecadação total foi de R$ 56 milhões, incluindo dívidas ativas e pagamentos do exercício vigente.
“A gente está aqui com o parcelamento, fora o Refins, para evitar qualquer procedimento judicial. Nos ajudem, botem em dia”, reforçou o secretário.
As mudanças visam simplificar o pagamento e minimizar os impactos de eventos climáticos, promovendo maior adesão ao tributo.