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MEIO AMBIENTE

No Acre, desmatamento cai 86% em janeiro de 2023, mas ainda é só o começo

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O Acre teve 1,23 km² desmatados em janeiro de 2023, segundo dados divulgados, na última semana, pelo Sistema DETER, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa uma queda de cerca de 86% em relação a janeiro de 2022, sendo o segundo melhor mês de janeiro durante a gestão do Governador Gladson Cameli (PP). Em janeiro de 2019, o desmatamento foi de menos de 1 km²; em 2020 foi de 4,77 km²; em 2021 foi de 1,72 km² e em 2022 foi de 8,8 km².

Em toda a Amazônia, essa queda foi de 61% em relação a janeiro de 2022. Apesar de ser uma queda significativa e que pode representar uma retomada do controle da gestão ambiental, por parte dos governos, ainda é cedo para se ter uma reversão de tendência. Como explica Daniel E Silva, especialista em Conservação do WWF-Brasil, “ainda é cedo para falar sobre uma reversão de tendência, já que parte desta queda pode estar relacionada com uma maior cobertura de nuvens no período. O sistema DETER usa imagens de satélites com sensores ópticos que podem ser afetados pela ocorrência de nuvens”.

Porém, já se pode notar uma nova visão de gestão ambiental no Acre, neste segundo mandato do governador Gladson Cameli. Em recente discurso, na 13ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Floresta (GCF), no México, Gladson afirmou: “Estamos aqui para reforçar o nosso compromisso com o desmatamento zero e, ao mesmo tempo, apresentar políticas públicas sustentáveis voltadas ao meio ambiente para a geração de emprego e renda”.

Foto: André Telles/BNDES

O ÉPop conversou com Julie Messias, secretária de Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre e presidente do Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal, durante sua agenda na reunião de reinstalação do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) na sede no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

A gestora reafirmou o compromisso do Governo do Estado em combater os desmatamentos ilegais. “Vamos atuar de forma integrada para combater os ilícitos ambientais. Aprimorar as ferramentas de monitoramento e alerta, bem como nossa resposta a esses, estruturando as instituições que atuarão diretamente nas ocorrências”.

Julie Messias ressaltou também a importância de gerar oportunidades de melhoria de vida para as pessoas que moram e dependem das florestas. “É um desafio que precisamos superar. Não basta combater desmatamento e queimadas, é necessário trazer oportunidades para quem vive nas e das florestas, já é hora de ver os inúmeros projetos gerando impacto real e tangível”.

Na reunião do Cofa, no BNDES, Julie se encontrou com a também acreana Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e leu para ela a carta com a voz dos nove estados que formam a Amazônia Legal. “Transmitimos o compromisso dos órgãos executores das políticas ambientais nos estados da Amazônia Legal com o alcance dos objetivos e o atendimento das prioridades para enfrentar os desafios socioambientais da região. Entendemos que o Fundo Amazônia é uma importante ferramenta para implementação de ações estratégicas que devem gerar maior resultado no combate aos ilícitos ambientais, bem como no desenvolvimento social e econômico”, diz a carta.

“Somos duas mulheres acreanas defendendo a mesma pauta do desenvolvimento ambiental. Uma em esfera nacional e a outra na ponta, com o compromisso local e a representação dos 9 estados da Amazônia Legal. Precisamos somar esforços, e foi esse contexto da carta que os estados apresentaram a ministra”, respondeu Julie, ao ser perguntada sobre o que representa este encontro entre duas acreanas em luta pela Amazônia.

Sobre o Fundo Amazônia, iniciativa do governo Federal que pode contribuir para a gestão no estado, Julie Messias afirmou que “o Acre vai apresentar novo projeto estruturante, com o olhar macro do sistema de meio ambiente, para atender a demanda imediata de combater o desmatamento e queimadas, sistemas inovadores de produção de baixas emissões e gestão territorial e ambiental, além de fortalecer secretarias que atuam prevenindo e coibindo os ilícitos ambientais”.

MEIO AMBIENTE

Queimadas em julho de 2024 já superam total de julho de 2023 no Acre

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Em julho de 2024, o número de focos de queimadas no Acre já supera o total registrado em julho de 2023, mesmo antes do fim do mês. Até o dia 20 de julho de 2024, foram registrados 306 focos de incêndio no estado. Em comparação, julho de 2023 registrou 212 focos durante todo o mês. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O aumento no número de queimadas pode ser atribuído a condições climáticas e atividades humanas.

Além das queimadas, o desmatamento no Acre também apresenta números preocupantes. Até julho de 2024, foram emitidos avisos de desmatamento que totalizam 1.847,75 km² na Amazônia Legal, segundo dados do Projeto DETER do INPE. No mesmo período em 2023, os avisos de desmatamento totalizaram 46,08 km². A combinação de desmatamento e queimadas intensifica os desafios ambientais no estado e demanda ações coordenadas para a preservação das florestas.

Em dados do boletim oferecido pela Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema), do último dia 17, a previsão do tempo para o período de 17 a 23 de julho de 2024 indica chuvas acumuladas de até 15 mm nas regionais do Tarauacá-Envira, Purus e Baixo Acre, com possibilidade de chuvas abaixo do esperado em todas as regiões do estado. O risco de fogo é classificado como médio, alto e crítico em todo o estado, com maior intensidade nas regiões do Juruá e Tarauacá/Envira, de acordo com o boletim da Sema.

De acordo com dados do satélite de referência AQUA Tarde, entre 1º de janeiro e 21 de julho de 2024, o município de Feijó lidera o ranking de focos de queimadas no Acre com 44 focos, seguido de Cruzeiro do Sul com 42 focos e Sena Madureira com 29 focos.

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MEIO AMBIENTE

Na fronteira com o Acre, organizações indígenas do Peru movem ação contra construção de estrada e suas ameaças

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Organizações indígenas do Peru entraram com uma ação contra o Governo Regional de Ucayali para interromper a construção da estrada Nueva Italia – Puerto Breu. A estrada, iniciada sem autorização legal, foi aberta por madeireiros e narcotraficantes, sem estudo de impacto ambiental ou consulta prévia às comunidades afetadas.

A ação foi apresentada pela Organização Regional AIDESEP Ucayali (ORAU) e pela Associação de Comunidades Nativas para o Desenvolvimento Integral de Yurua, Yono e Sharakoiai (ACONADIYSH), com o apoio do Instituto de Defesa Legal (IDL) e da Upper Amazon Conservancy (UAC).

As comunidades indígenas dos distritos de Yurua e Tahuania, na província de Atalaya, manifestaram preocupação com a abertura da estrada, que já resultou no desmatamento de 7.160 hectares, segundo o Ministério do Ambiente. A estrada também ameaça os povos indígenas em situação de isolamento e contato inicial na Reserva Indígena Murunahua.

No Congresso, há iniciativas para formalizar a construção da estrada e declará-la de interesse nacional, como o Projeto de Lei 06960/2023-CR. As comunidades nativas argumentam que essa formalização facilitaria a expansão de atividades criminosas, como o narcotráfico e a extração ilegal de madeira, prejudicando o meio ambiente e as terras indígenas.

A demanda constitucional busca que o Governo Regional de Ucayali suspenda a construção da estrada, citando violações dos direitos coletivos dos povos indígenas, incluindo o direito a um ambiente equilibrado. Estudos indicam que a estrada já causou desmatamento significativo e que sua formalização aumentaria o impacto ambiental e social na região.

A construção da estrada UC-105 também apresenta sérios riscos para as comunidades indígenas no Acre, Brasil, situadas na fronteira. A estrada facilita a entrada de atividades ilícitas na região, resultando em desmatamento, contaminação de corpos d’água e impactos negativos na biodiversidade. Os povos indígenas do Acre, especialmente os Ashaninka do Rio Amônia, enfrentam ameaças diretas devido à proximidade da estrada com seus territórios. A ocupação ilegal e a presença de atividades criminosas aumentam a violência, incluindo assassinatos de líderes indígenas e defensores ambientais.

Historicamente, a estrada tem servido como um corredor para atividades predatórias, como a extração de madeira. Com a reabertura e expansão da UC-105, há um temor de retorno dos conflitos e deslocamentos forçados que marcaram as décadas passadas, agravando a situação dos povos indígenas que já sofreram com invasões e exploração ilegal em suas terras.

Fonte: https://www.idl.org.pe/

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MEIO AMBIENTE

⁠ Julie Messias recebe Cruz do Mérito da Amazônia por atuação exemplar no meio ambiente ⁠

Secretária do Acre é homenageada por Redução Histórica no Desmatamento e Combate às Queimadas

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A secretária Julie Messias recebeu a Cruz do Mérito da Amazônia pelo seu trabalho como gestora pública à frente da pasta ambiental no governo do Acre. A cerimônia de premiação aconteceu durante o evento Ícones da Amazônia, organizado pela Câmara Brasileira de Cultura e Academia de Ciências e Artes, no buffet AFA Jardim, em Rio Branco.

Julie Messias, além de ser secretária do Meio Ambiente, é presidente do Comitê Diretivo do GCF no Brasil e do Fórum de Secretários da Amazônia Legal. Em seu discurso, destacou que a premiação é um reconhecimento não apenas a ela, mas a toda a equipe de governo que trabalha na conservação e preservação ambiental.

Agradeço ao governador Gadson Cameli pela confiança em meu trabalho à frente da Sema, e a todos os demais agentes que atuam integrados à nossa pasta de Meio Ambiente.

O estado do Acre tem obtido resultados, como a redução de 69% no desmatamento e 45% nos focos de queimadas em 2023, conforme relatórios do MapBiomas e do Cigma, respectivamente. Além disso, foi o primeiro estado a ter um projeto aprovado pelo Fundo Amazônia, no valor de aproximadamente R$ 98 milhões. As ações incluem a Rede de Governança Ambiental, mutirões de regularização ambiental e programas como ReflorestAcre, Bioguardião e Água Boa.

Julie Messias enfatizou os desafios atuais, como a seca extrema e a baixa pluviosidade devido aos efeitos prolongados do El Niño, e lançou iniciativas como o Decreto de Emergência Ambiental e a Segunda Fase da Operação Protetor dos Biomas.

A premiação é o reconhecimento pelo trabalho dedicado à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável da região amazônica.

Com informações Assessoria / Foto: Janine Brasil/Sema

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