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Cultura

O Acre perde Jorge Rivasplata, artista de múltiplas facetas

O legado de um talentoso artista plástico que enriqueceu o cenário cultural do Acre e transcendeu fronteiras

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O estado do Acre e o mundo das artes despedem-se de Jorge Rivasplata, artista plástico que faleceu aos 90 anos. Rivasplata, nascido em Guadalupe, distrito da província de Pacasmayo, Departamento de La Libertad, no Peru, fixou residência no Acre há mais de três décadas, onde sua vasta contribuição para a arte local se tornou indelével.

Várias autoridades, artistas e instituições, incluindo o Governador do Acre, Gladson Cameli, estão prestando homenagens ao artista Rivasplata. Cameli expressou seu pesar em uma nota, destacando as habilidades de Rivasplata em pintura, escultura, caricatura, entalhe, cerâmica e desenho. Ele relembrou seu último encontro com o artista durante a reinauguração da Galeria de Arte Juvenal Antunes, enfatizando a significativa contribuição de Rivasplata para o espaço cultural.

Essas manifestações coletivas reconhecem a importância do legado deixado pelo artista e sua influência na cena artística e cultural. A participação de Cameli nessas homenagens destaca a relevância do trabalho de Rivasplata para a comunidade e o cenário cultural em geral.

A Casa D’arte Rivasplata, localizada na rua Rui Barbosa, no Centro de Rio Branco, exibe orgulhosamente as obras de Rivasplata, permitindo que visitantes e transeuntes apreciem o legado artístico que ele deixa para a cidade e o estado. Cameli enfatizou que o legado de Rivasplata “estará sempre nos corações acreanos” e expressou suas condolências à família, amigos e admiradores do artista. “Que Deus, em sua infinita bondade, conforte a todos,” concluiu o governador.

Rivasplata dedicou sua vida à arte, enriquecendo o Acre com sua criatividade e talento. Seu impacto transcende as fronteiras locais, tendo deixado uma marca tanto no Brasil quanto internacionalmente.

Foto: Lenno Azevedo

Cultura

Sérgio Souto lança livro de poesias em Rio Branco no dia 26 de abril

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O cantor, compositor e escritor Sérgio Souto fará o lançamento do livro “Versos Colaterais: detalhes de poesia numa realidade paralela” no dia 26 de abril de 2025, no Cine Teatro Recreio, em Rio Branco. O evento será gratuito e contará com apresentação musical.

A obra é publicada pela Editora Social e reúne 74 poemas. O prefácio é assinado pelo jornalista e escritor Pitter Lucena. O conteúdo reúne experiências do autor, natural de Sena Madureira, que construiu carreira nacional a partir da relação com a musicalidade da região amazônica.

Sérgio Souto se mudou para o Rio de Janeiro aos 15 anos e passou a compor profissionalmente a partir de 1979. Tem 14 discos lançados e músicas gravadas por artistas como Elba Ramalho, Nelson Gonçalves, Fagner, Jorge Vercilo, Jessé, Claudio Nucci e Nilson Chaves. Também participou de festivais como o Festival dos Festivais (TV Globo), Festival da TV Tupi e Rodada Brahma.

O artista já se apresentou em palcos como o Maracanãzinho (RJ), Teatro Amazonas (AM), Teatro da Paz (PA), Teatro Castro Alves (BA), Dragão do Mar (CE) e Teatro Plácido de Castro (AC).

No lançamento, Sérgio destaca o livro como uma extensão de sua trajetória musical, reunindo reflexões que dialogam com sua identidade e trajetória na Amazônia.

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Cultura

Estudo arqueológico questiona validade da tese do Marco Temporal

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Reportagem publicada pela plataforma Amazônia Real, com autoria da arqueóloga Bruna Rocha, apresenta argumentos científicos contra a aplicação da tese do Marco Temporal para definir o direito territorial dos povos indígenas no Brasil. A autora destaca evidências arqueológicas que comprovam ocupações humanas indígenas contínuas há pelo menos 12 mil anos na Amazônia, contestando a ideia de que a ocupação válida se limite à data da promulgação da Constituição de 1988.

O texto aponta que os povos indígenas participaram ativamente da transformação ambiental e do desenvolvimento de tecnologias, como a domesticação de alimentos e a produção cerâmica. Essas evidências incluem as chamadas terras pretas de índio, solos antrópicos altamente férteis, e sítios arqueológicos datados de até oito mil anos, como os encontrados no baixo rio Amazonas.

A autora critica trechos do Projeto de Lei 490, como o inciso IV do artigo 16, que permite a perda da terra indígena caso haja “alteração dos traços culturais da comunidade”. A argumentação considera essa exigência baseada em uma visão colonial e desatualizada, desconsiderando a historicidade e as mudanças vividas por esses povos.

A reportagem também menciona que a tese do Marco Temporal ignora os efeitos do regime de tutela imposto pelo Estado brasileiro ao longo do século 20, o que inviabilizava legalmente a atuação dos povos indígenas em disputas territoriais até a redemocratização. Segundo Bruna Rocha, a própria Fundação Nacional do Índio (atualmente Fundação dos Povos Indígenas) emitiu documentos que negavam a presença de indígenas em áreas requeridas para empreendimentos durante o regime militar.

Como exemplo de continuidade histórica de ocupação, o texto cita a aldeia Sawré Muybu, do povo Munduruku, situada sobre um sítio arqueológico datado do ano 1000 d.C., no médio Tapajós (PA), além da cidade de Santarém, no Pará, que apresenta mil anos de ocupação indígena contínua.

A autora conclui que os dados arqueológicos, somados às denúncias constantes de violações de direitos humanos, como as registradas no relatório da Comissão Nacional da Verdade, evidenciam a incompatibilidade do Marco Temporal com a realidade histórica e social dos povos indígenas brasileiros.

Fonte: Amazônia Real – “Marco temporal: a arqueologia também diz não”, por Bruna Rocha (Publicado em 07 de junho de 2023). Link: https://amazoniareal.com.br/marco-temporal-a-arqueologia-tambem-diz-nao

Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real

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Cultura

História do Quatipuru encantado é tema de produção audiovisual de jovens comunicadores indígenas do Acre

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Um grupo de jovens comunicadores indígenas do Acre produziu um vídeo baseado em narrativas tradicionais do povo Huni Kuĩ. O trabalho foi realizado durante a 5ª Oficina de Comunicadores Indígenas, ocorrida entre os dias 9 e 20 de setembro, no Centro de Formação dos Povos da Floresta (CFPF).

A produção apresenta a história do Quatipuru encantado, um conto tradicional Huni Kuĩ que relata a transformação de um animal em ser humano. No enredo, uma mulher encontra um quatipuru encantado enquanto busca água no igarapé. Após um breve diálogo, o quatipuru se transforma em homem, casa-se com a mulher, tem três filhos e contribui com a comunidade ao cultivar uma plantação de legumes. O desfecho da narrativa envolve a fuga do personagem principal com seus filhos após descobrir um plano contra sua vida.

O vídeo foi idealizado e produzido pelos próprios participantes da oficina, como parte de uma iniciativa voltada à valorização das culturas indígenas e ao fortalecimento da comunicação feita por jovens das comunidades.

A oficina integra um esforço coletivo para registrar e divulgar saberes tradicionais por meio de linguagens audiovisuais, promovendo o protagonismo indígena na produção de conteúdos culturais.

Fonte: @comunicadoresindigenasdoac

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