Connect with us

MEIO AMBIENTE

Povos indígenas do Acre, Rondônia e Amazonas emitem nota repudiando atos antidemocráticos em Brasília

Published

on

Na tarde da última segunda-feira (09), os povos originários das etnias, Yawanawa, Jaminawa, Shawädawa, Huni Kui, Apolima Arara, Katukina, Ashaninka, Manchinery, Madja, Kaxarary, Apurina, Jamamadi, Shanenawa, Jaminawa Arara, Nukini, Nawa, Puyanawa, Kuntanawa, emitiram uma Nota Pública, de indignação diante dos atos antidemocráticos ocorridos na Capital Federal, neste último domingo (08).

Ao final, a nota foi assinada pelas instituições SITOAKORE, FEPHAC, OPIAC, ASCY, OPIRJ, OAKAT, e APIWTXA.

Um dos líderes Ashaninka, Francisco Piyãko, disse que os atos de domingo foi um total ato de terrorismo e que foi realizado por uma pequena parcela da sociedade. “Nós repudiamos os atos que ocorreram em Brasília no último domingo. Não cabe cobrar direitos e espaços, destruindo patrimônio público, ou até mesmo querer acabar com a vida dos outros. Os atos de domingo, foi total terrorismo puro, isso não cabe num país como o Brasil, vale ressaltar que não foi o povo brasileiro, é apenas uma pequena parcela que precisam ser tratados e cuidados ao rigor da Lei, para que outras situações como esta venham acontecer”.

“Nos povos originários enfatizamos que é de extrema importância dar uma atenção nestes casos para não colocar em risco, uma sociedade que já está avançada e não podemos retroceder a esse ponto. Não aceitamos isso de forma nenhuma, nem com povos indígenas e nem com a sociedade”, finalizou Francisco.

A coordenadora do SITOAKORE – Organização de Mulheres Indígenas do Acre, Nedina Yawanawa, enfatizou que os manifestantes de domingo devem ser punidos ao rigor da Lei. “Junto com as outras organizações estamos manifestando nosso repúdio ao que ocorreu no domingo lá em Brasília, aquele atos terroristas. Eles falam tanto em Democracia, mas não respeitam ela. Queremos fortalecer a soberania do nosso país. Os que desrespeitaram devem ser punidos ao rigor da Lei”.

Leia a Nota Pública dos 16 povos indígenas

Nós, povos indígenas do Acre Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia, distribuídos em 16 povos dos quais são Yawanawa, Jaminawa, Shawädawa, Huni Kui, Apolima Arara, Katukina, Ashaninka, Manchinery, Madja, Kaxarary, Apurina, Jamamadi, Shanenawa, Jaminawa Arara, Nukini, Nawa, Puyanawa, Kuntanawa e Povos de recente contato em 58 Terras indígenas, 210 aldeias e uma população de aproximadamente 35 mil indígenas.

Através de nossas organizações, associações e lideranças das aldeias, vimos por meio desta nota manifestar nosso repúdio e indignação diante dos atos antidemocráticos ocorridos na Capital Federal, neste último dia 08/01/2023, contra as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário Federais. Atos desta natureza contra as instituições democráticas tipificam-se como verdadeiros crimes contra a própria democracia e devem os respectivos autores serem responsabilizados administrativa, civil e criminalmente.

Que sejam rechaçados, investigados e presos, e quem sabe após serem punidos por seus crimes fique a reflexão sobre a mudança. Resgatando a devida importância do respeito pelo próximo, dos ciclos de poder, da luta das minorias, da força da democracia. Reforçamos a continuidade da nossa luta, que é importante justamente para não se calar contra esse tipo de ato, para combater aqueles que atacam a nossa cultura, atacam nossa identidade, não respeitam nossa terra e ancestralidade e a floresta e sempre querendo a todo custo sobrepujar os interesses opostos.

MEIO AMBIENTE

Queimadas em julho de 2024 já superam total de julho de 2023 no Acre

Published

on

Em julho de 2024, o número de focos de queimadas no Acre já supera o total registrado em julho de 2023, mesmo antes do fim do mês. Até o dia 20 de julho de 2024, foram registrados 306 focos de incêndio no estado. Em comparação, julho de 2023 registrou 212 focos durante todo o mês. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O aumento no número de queimadas pode ser atribuído a condições climáticas e atividades humanas.

Além das queimadas, o desmatamento no Acre também apresenta números preocupantes. Até julho de 2024, foram emitidos avisos de desmatamento que totalizam 1.847,75 km² na Amazônia Legal, segundo dados do Projeto DETER do INPE. No mesmo período em 2023, os avisos de desmatamento totalizaram 46,08 km². A combinação de desmatamento e queimadas intensifica os desafios ambientais no estado e demanda ações coordenadas para a preservação das florestas.

Em dados do boletim oferecido pela Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema), do último dia 17, a previsão do tempo para o período de 17 a 23 de julho de 2024 indica chuvas acumuladas de até 15 mm nas regionais do Tarauacá-Envira, Purus e Baixo Acre, com possibilidade de chuvas abaixo do esperado em todas as regiões do estado. O risco de fogo é classificado como médio, alto e crítico em todo o estado, com maior intensidade nas regiões do Juruá e Tarauacá/Envira, de acordo com o boletim da Sema.

De acordo com dados do satélite de referência AQUA Tarde, entre 1º de janeiro e 21 de julho de 2024, o município de Feijó lidera o ranking de focos de queimadas no Acre com 44 focos, seguido de Cruzeiro do Sul com 42 focos e Sena Madureira com 29 focos.

Continue Reading

MEIO AMBIENTE

Na fronteira com o Acre, organizações indígenas do Peru movem ação contra construção de estrada e suas ameaças

Published

on

Organizações indígenas do Peru entraram com uma ação contra o Governo Regional de Ucayali para interromper a construção da estrada Nueva Italia – Puerto Breu. A estrada, iniciada sem autorização legal, foi aberta por madeireiros e narcotraficantes, sem estudo de impacto ambiental ou consulta prévia às comunidades afetadas.

A ação foi apresentada pela Organização Regional AIDESEP Ucayali (ORAU) e pela Associação de Comunidades Nativas para o Desenvolvimento Integral de Yurua, Yono e Sharakoiai (ACONADIYSH), com o apoio do Instituto de Defesa Legal (IDL) e da Upper Amazon Conservancy (UAC).

As comunidades indígenas dos distritos de Yurua e Tahuania, na província de Atalaya, manifestaram preocupação com a abertura da estrada, que já resultou no desmatamento de 7.160 hectares, segundo o Ministério do Ambiente. A estrada também ameaça os povos indígenas em situação de isolamento e contato inicial na Reserva Indígena Murunahua.

No Congresso, há iniciativas para formalizar a construção da estrada e declará-la de interesse nacional, como o Projeto de Lei 06960/2023-CR. As comunidades nativas argumentam que essa formalização facilitaria a expansão de atividades criminosas, como o narcotráfico e a extração ilegal de madeira, prejudicando o meio ambiente e as terras indígenas.

A demanda constitucional busca que o Governo Regional de Ucayali suspenda a construção da estrada, citando violações dos direitos coletivos dos povos indígenas, incluindo o direito a um ambiente equilibrado. Estudos indicam que a estrada já causou desmatamento significativo e que sua formalização aumentaria o impacto ambiental e social na região.

A construção da estrada UC-105 também apresenta sérios riscos para as comunidades indígenas no Acre, Brasil, situadas na fronteira. A estrada facilita a entrada de atividades ilícitas na região, resultando em desmatamento, contaminação de corpos d’água e impactos negativos na biodiversidade. Os povos indígenas do Acre, especialmente os Ashaninka do Rio Amônia, enfrentam ameaças diretas devido à proximidade da estrada com seus territórios. A ocupação ilegal e a presença de atividades criminosas aumentam a violência, incluindo assassinatos de líderes indígenas e defensores ambientais.

Historicamente, a estrada tem servido como um corredor para atividades predatórias, como a extração de madeira. Com a reabertura e expansão da UC-105, há um temor de retorno dos conflitos e deslocamentos forçados que marcaram as décadas passadas, agravando a situação dos povos indígenas que já sofreram com invasões e exploração ilegal em suas terras.

Fonte: https://www.idl.org.pe/

Continue Reading

MEIO AMBIENTE

⁠ Julie Messias recebe Cruz do Mérito da Amazônia por atuação exemplar no meio ambiente ⁠

Secretária do Acre é homenageada por Redução Histórica no Desmatamento e Combate às Queimadas

Published

on

A secretária Julie Messias recebeu a Cruz do Mérito da Amazônia pelo seu trabalho como gestora pública à frente da pasta ambiental no governo do Acre. A cerimônia de premiação aconteceu durante o evento Ícones da Amazônia, organizado pela Câmara Brasileira de Cultura e Academia de Ciências e Artes, no buffet AFA Jardim, em Rio Branco.

Julie Messias, além de ser secretária do Meio Ambiente, é presidente do Comitê Diretivo do GCF no Brasil e do Fórum de Secretários da Amazônia Legal. Em seu discurso, destacou que a premiação é um reconhecimento não apenas a ela, mas a toda a equipe de governo que trabalha na conservação e preservação ambiental.

Agradeço ao governador Gadson Cameli pela confiança em meu trabalho à frente da Sema, e a todos os demais agentes que atuam integrados à nossa pasta de Meio Ambiente.

O estado do Acre tem obtido resultados, como a redução de 69% no desmatamento e 45% nos focos de queimadas em 2023, conforme relatórios do MapBiomas e do Cigma, respectivamente. Além disso, foi o primeiro estado a ter um projeto aprovado pelo Fundo Amazônia, no valor de aproximadamente R$ 98 milhões. As ações incluem a Rede de Governança Ambiental, mutirões de regularização ambiental e programas como ReflorestAcre, Bioguardião e Água Boa.

Julie Messias enfatizou os desafios atuais, como a seca extrema e a baixa pluviosidade devido aos efeitos prolongados do El Niño, e lançou iniciativas como o Decreto de Emergência Ambiental e a Segunda Fase da Operação Protetor dos Biomas.

A premiação é o reconhecimento pelo trabalho dedicado à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável da região amazônica.

Com informações Assessoria / Foto: Janine Brasil/Sema

Continue Reading

Tendência