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Povos indígenas resistindo! Podcast Vozes da Floresta é lançado no Acre

“Comunicadores Indígenas do Acre unem-se para abordar o desafio do marco temporal e preservar Suas Culturas”

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A Rede de Comunicadores Indígenas do Acre, em parceria com a Comissão Pró-Indígenas do Acre (CPI-Acre) e o curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (UFAC), lançou, nesta terça-feira, 17, o podcast Vozes da Floresta. Este programa é o resultado de um esforço conjunto de comunicadoras e comunicadores dos povos Nukini, Yawanawa, Huni Kuĩ, Puyanawa, Apurinã e Manxineru, com o objetivo de amplificar as vozes das juventudes e das comunidades indígenas, extrativistas e tradicionais do Acre.

O episódio de estreia, intitulado “Juventude indígena contra o Marco Temporal,” aborda o marco temporal. Esse podcast é uma plataforma para compartilhar suas próprias narrativas, trazendo à tona a identidade e as experiências dos povos da floresta. Ele podes ser ouvido no Spotify da CPI-Acre, ou nas rádios locais do Acre: Difusora Acreana, Verdes Florestas (13h) e Juruá FM (17h).

O marco temporal é discutido no episódio como um desafio importante, que envolve o reconhecimento do direito à terra das comunidades indígenas, que enfrentam ameaças e pressões de diversas formas. As falas trazem a luta pelo reconhecimento e pela manutenção desses territórios como essencial para a preservação da cultura e da vida dos povos indígenas, que vivem há séculos nas florestas do Acre.

Os participantes do episódio compartilham suas histórias e experiências pessoais, demonstrando o impacto do marco temporal em suas vidas e comunidades. Eles enfatizam a importância de continuar a luta e de buscar representação em diversas esferas, incluindo a política, para defender seus interesses e preservar suas terras.

Dani compartilha uma parte importante da história de seu povo Huni Kuin, focando em um período sombrio marcado pela exploração e escravidão pelos seringueiros na região da floresta amazônica. Ela descreve como os seringueiros, muitas vezes armados, invadiam as malocas (habitações tradicionais indígenas) e capturavam os indígenas para usá-los como mão de obra escrava.

“Era uma vez que tinha um homem, ele ia nas malocas dos índios… aí os levavam para onde eles moravam. As mulheres, eles levavam para poder trabalhar em casa. Se os homens achavam ruim, ele matava os índios”, conta Dani.

O lançamento do podcast Vozes da Floresta promove a conscientização e a defesa dos direitos indígenas e das comunidades tradicionais do Acre. Por meio desse projeto, essas vozes podem ecoar, educar e inspirar outros a se envolverem na causa indígena, contribuindo para a preservação das culturas e territórios desses povos.

Ouça o podcast

“Vozes da Floresta: Podcast indígena do Acre amplifica a Luta pelos Direitos e Territórios”

O podcast fez parte do encerramento da 4ª Oficina de Comunicadores Indígenas sobre Narrativas Audiovisuais e Produção de Conteúdos, com foco em Redes Sociais e Podcast, que ocorreu de 18 de setembro a 29 de setembro.

Durante o período da oficina, 13 indígenas, representando os povos Manxineru, Huni Kuĩ, Yawanawa, Nukini e Puyanawa, vindos de diversas Terras Indígenas, como Rio Gregório, Mamoadate, Kaxinawa do Alto Rio Jordão, Poyanawa, Nukini e Kaxinawa da Praia do Carapanã, participaram ativamente. Além disso, dois estudantes indígenas da UFAC, que fazem parte do Programa de Educação Tutorial Conexão de Saberes Comunidades Indígenas, enriqueceram a experiência.

Essa iniciativa é parte de dois projetos fundamentais. O primeiro é o projeto “Aliança entre Indígenas e Extrativistas pelas Florestas do Acre,” uma parceria entre a CPI-Acre, o Instituto Catitu e o SOS Amazônia, com apoio da Rainforest Foundation da Noruega e NORAD/NICFI. O segundo projeto, “Proteção dos Povos Indígenas e Tradicionais do Brasil,” é financiado pelo Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, por meio da rede WWF, e executado por um consórcio de parceiros que inclui a CPI-Acre, o Comitê Chico Mendes, a Fiocruz, o Imazon, o Kanindé, o Pacto das Águas, a Saúde e Alegria e o WWF Brasil.

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Dezembro Vermelho: Conscientização e Prevenção contra o HIV/Aids e ISTs

Mobilização Nacional Reforça a Importância da Prevenção e Cuidados na População Acreana

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O mês de dezembro traz consigo o “Dezembro Vermelho”, período de conscientização e ação dedicado à luta contra o vírus HIV, Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no Brasil. Instituído pela Lei nº 13.504/2017, este movimento tem como foco principal a prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas afetadas por essas condições.

No Acre, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) tem desempenhado um papel crucial nessa campanha. Desde o Dia Mundial de Combate à Aids, em 1º de dezembro, o Núcleo Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) intensificou a aplicação de testes rápidos nos exames de rotina em todos os municípios, buscando ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento.

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) revelam que, entre 2018 e 2023, foram registrados 1.667 casos de HIV em adultos no Acre. Durante esse mesmo período, 99 óbitos relacionados a complicações da Aids foram contabilizados, além do diagnóstico de 133 gestantes com o Vírus da Imunodeficiência Humana.

Um dos pontos de atenção são os casos envolvendo crianças em risco de exposição ao vírus durante a gestação ou no pós-parto, provenientes de mães com HIV ou Aids. Segundo o Sinan, cinco crianças testaram positivamente para a infecção nos anos de 2018, 2021 e 2023, destacando a importância da atenção especializada nesses casos.

A conscientização e a mudança de comportamento surgem como os primeiros passos na prevenção do avanço do vírus. O uso do preservativo, o acompanhamento médico regular e a realização de exames de rotina, incluindo testes rápidos para HIV e outras ISTs como Hepatites Virais e Sífilis, são medidas fundamentais para a prevenção e controle dessas infecções.

O Dezembro Vermelho no Acre é mês de reflexão, mas também de oportunidade para toda a população estar informada sobre as formas de prevenção e cuidados, reforçando a solidariedade, a tolerância e a compreensão com aqueles afetados pelo HIV/Aids e outras ISTs.

Com informações da Agência de Notícias do Acre – Foto: José Caminha/Secom

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Educação

Ieptec e Idaf promovem capacitação para trabalhadores rurais

Curso de aplicação de vacinas contra brucelose bovina em Capixaba

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Título: Curso de Aplicação de Vacinas contra Brucelose Bovina em Capixaba
Subtítulo: Ieptec e Idaf promovem capacitação para trabalhadores rurais

O Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec), em parceria com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), realizou um curso de aplicação de vacinas contra brucelose bovina em Capixaba. A iniciativa beneficiou 35 trabalhadores rurais, refletindo o compromisso do Ieptec em levar capacitação às comunidades. Essa ação se soma a outras certificações entregues no mesmo dia, demonstrando o empenho em oferecer oportunidades educacionais em diversas áreas até o final do ano.

“A oferta desse curso em Capixaba foi possível graças ao esforço conjunto para efetivar essa parceria e proporcionar oportunidades de aprendizado às comunidades locais”, destacou a coordenadora da escola, Glacimar Alves.

No mesmo dia, o Ieptec concedeu sua terceira certificação por meio de suas unidades: a Escola de Gastronomia e a Escola Maria Moreira, ambas em Rio Branco, e o Centro João de Deus, em Plácido de Castro. O presidente do Ieptec, Alírio Wanderley, destacou: “Na sexta-feira, emitimos certificados para 15 participantes da oficina de panetone, concedemos 35 diplomas na área de serviços públicos e, agora, entregamos mais 35 certificados para o público rural de Capixaba. 2023 tem sido um ano de grandes conquistas para nós, e ainda há muito por realizar até o final de dezembro.”

Com informação da assessoria do Instituto / Foto: Ascom Ieptec

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Desafios dos Direitos Humanos aos 75 anos da Declaração Universal

Anistia Internacional aponta lacunas e medidas necessárias no Brasil

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A Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 75 anos, mas persistem desafios globais, inclusive no Brasil, com violações como o feminicídio e a violência contra jovens negros.

A Anistia Internacional destaca a urgência de medidas para garantir a proteção de defensores de direitos humanos e minorias. Medidas incluem a responsabilização de autoridades por condutas ilegais, aprimoramento de serviços de atendimento a vítimas e a revisão de programas de proteção. A diretora da Anistia ressalta a importância da participação social nas políticas públicas para um futuro mais justo e pacífico.

Você pode encontrar o texto completo aqui.

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

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