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MEIO AMBIENTE

Seca no Acre: Governos Estadual e Federal Adotam Medidas de Emergência

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O Acre enfrenta uma das secas mais severas dos últimos anos, impactando diversos setores e comunidades. A situação levou à decretação de emergência tanto pelo governo estadual quanto pela Agência Nacional de Águas (ANA), que intensificaram esforços para mitigar os efeitos da escassez hídrica e das erosões nos leitos dos rios.

Impacto da Seca nos Rios Acre e Purus

A ANA declarou situação de escassez hídrica no Rio Purus, que atravessa os municípios de Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus, devido ao nível de água estar abaixo da média. A Defesa Civil Estadual reportou que a falta de chuvas agravou a situação, dificultando o transporte de insumos e a produção agrícola na região. Além disso, o transporte escolar foi prejudicado, pois alunos dependem da travessia do rio para chegar às escolas.

A queda no nível dos rios não se limita ao Purus. O Rio Acre, principal afluente do estado, está com o nível abaixo de 2 metros há mais de 40 dias, atingindo 1,49 metro, o menor registro em 2024. Esse cenário já causa prejuízos significativos em Rio Branco e outras cidades.

Decretos de Emergência e Erosões

O governo do Acre, por meio do governador Gladson Cameli, decretou estado de emergência por conta das erosões nas margens dos rios Acre e Envira, bem como pela seca extrema. Em Rio Branco, as erosões no Calçadão do Novo Mercado Velho e na Passarela Joaquim Macêdo levaram à interdição desses locais devido ao risco à população e aos prédios históricos.

O decreto de emergência autoriza a realização de despesas necessárias para a instalação e manutenção de abrigos, fornecimento de insumos e suporte logístico, visando a manutenção da capacidade de resposta do poder público.

Ações Governamentais

Para enfrentar a seca, o governo estadual criou um gabinete de crise, que atuará até o final do ano, para discutir e implementar medidas emergenciais. Entre as ações, está a distribuição de 30 milhões de litros de água para comunidades rurais, atendendo inicialmente 19 mil pessoas.

Além disso, sete cidades do Acre já estavam em emergência por conta da seca extrema: Rio Branco, Feijó, Epitaciolândia, Bujari, Porto Walter, Cruzeiro do Sul e Plácido de Castro. A seca antecipada, que contrastou com a enchente histórica vivida no início do ano, fez com que mais de 11 mil pessoas deixassem suas casas.

Monitoramento e Previsões

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) destacou que a seca está associada ao prolongamento dos efeitos do El Niño, que reduziu significativamente as precipitações. A previsão para os próximos meses não é animadora, com estimativas de chuvas abaixo da média, o que pode agravar ainda mais a situação.

Em resposta, a ANA intensificou o monitoramento dos rios em atenção especial, enquanto o governo estadual busca alternativas para garantir o abastecimento hídrico e minimizar os impactos da seca na agricultura e na vida das comunidades afetadas.

O cenário de seca no Acre exige uma coordenação eficaz entre os governos estadual e federal, bem como a colaboração da sociedade, para superar os desafios impostos pela escassez hídrica e preservar a segurança e o bem-estar da população.

Foto: Widy Melo

MEIO AMBIENTE

Cruzeiro do Sul realiza 1ª Conferência do Meio Ambiente para enfrentar crise climática

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Na noite desta quinta-feira (23), Cruzeiro do Sul deu início a um debate inédito e urgente sobre os desafios climáticos que afetam a região e o mundo. A 1ª Conferência Municipal do Meio Ambiente, organizada pela Secretaria Municipal de Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade, reuniu representantes do governo, setor privado e sociedade civil no auditório da Escola Craveiro Costa, com o tema central “Emergência Climática: o Desafio da Transformação Ecológica”.

A programação prossegue nesta sexta-feira (24), abordando cinco eixos temáticos que refletem a complexidade e a gravidade da questão ambiental. Entre eles estão: a redução de emissões de gases do efeito estufa, a adaptação aos desastres naturais, a busca por justiça climática, a descarbonização econômica e a governança ambiental.

O evento é um marco para o município, que tem enfrentado de forma concreta os efeitos das mudanças climáticas, como enchentes, seca prolongada e fumaça durante o verão. O prefeito Zequinha Lima destacou a importância histórica do encontro:
“Estamos aqui para debater um tema que, por muito tempo, parecia distante da nossa realidade. Mas as mudanças climáticas estão atingindo nossa população de maneira direta e devastadora. Este é o momento de construir soluções coletivas e ouvir a sociedade para implementarmos políticas públicas que protejam nosso clima e nosso futuro.”

PARTICIPAÇÃO QUE TRADUZ DIVERSIDADE E URGÊNCIA

A conferência também marca uma mobilização ampla de diferentes setores da sociedade. Renilde Costa, conhecida como Branca, moradora da zona rural do Rio Liberdade, destacou a relevância do evento para as comunidades rurais.
“Estamos aprendendo aqui para levar informações às nossas comunidades. Precisamos melhorar o bem-estar das famílias que vivem lá, e isso passa por entender como podemos contribuir na prática para mitigar os impactos das mudanças climáticas.”

Do lado empresarial, Auricélia Marques, conselheira da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, enfatizou a responsabilidade do setor privado nesse processo. “As empresas precisam mudar suas ações para reduzir os efeitos nocivos que todos estamos enfrentando. Essa é uma discussão que nos afeta diretamente, e é hora de agir dentro e fora das empresas”, afirmou.

Guilherme Tebet, chefe da Unidade do ICMBio em Cruzeiro do Sul, reforçou o caráter integrado que o tema exige. “A mudança climática impacta a todos. É essencial que governos municipais, estaduais e federal trabalhem juntos para enfrentar essa emergência. Estamos todos no mesmo planeta, e os problemas ambientais não respeitam fronteiras.”

UMA AGENDA PARA O PRESENTE E O FUTURO

A programação desta sexta-feira prevê discussões nos grupos temáticos pela manhã, seguidas de uma plenária para consolidar propostas. No encerramento, serão eleitos delegados que representarão Cruzeiro do Sul nas conferências estadual e nacional de meio ambiente.

Os eixos abordados revelam a amplitude do desafio: desde a redução de emissões até a inclusão social na transformação ecológica, passando pela prevenção de desastres e pela educação ambiental. O evento também reflete a urgência de construir uma nova governança climática, capaz de integrar diferentes setores e escutar quem vive os impactos na prática.

Em um momento em que as consequências das mudanças climáticas se tornam mais evidentes e devastadoras, a 1ª Conferência Municipal do Meio Ambiente de Cruzeiro do Sul surge como um exemplo de como municípios podem liderar a discussão e promover soluções. A iniciativa é um passo decisivo para transformar a indignação em ação e construir um futuro mais sustentável.

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MEIO AMBIENTE

Fogo em florestas públicas não destinadas cresce 64% na Amazônia em 2024

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O fogo em florestas públicas não destinadas na Amazônia registrou aumento de 64% em 2024 em comparação ao ano anterior, segundo análise do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). A área queimada atingiu 2.460.082 hectares, enquanto em 2023 foi de 1.498.320 hectares. Apenas em setembro, o fogo destruiu 756,3 mil hectares, sendo a maior área queimada em um único mês desde o início do Monitor do Fogo, em 2019.

Embora o desmatamento em toda a Amazônia tenha apresentado queda de 20% no período, os incêndios seguem em alta, evidenciando a relação entre o desmate e o uso do fogo como método de ocupação ilegal. Em 2024, o desmatamento em florestas públicas não destinadas somou 109.411 hectares, contra 136.602 hectares no ano anterior.

As florestas públicas não destinadas, que correspondem a 56,5 milhões de hectares – área equivalente ao tamanho da Espanha –, estão sob domínio público federal ou estadual e aguardam destinação prevista na Lei de Gestão de Florestas Públicas de 2006. Essa destinação pode incluir a criação de unidades de conservação, uso sustentável dos recursos naturais ou reconhecimento como terras indígenas.

O IPAM alerta para o risco de grilagem nessas áreas, com mais de 20 milhões de hectares sendo autodeclarados como propriedades privadas por meio de registros irregulares no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo Paulo Moutinho, pesquisador sênior do IPAM, esses registros fraudulentos constituem uma ameaça à preservação ambiental, podendo resultar na emissão de 8 bilhões de toneladas de carbono, agravando impactos climáticos, perda de biodiversidade e prejuízos à saúde e à segurança alimentar.

Os dados foram obtidos a partir do cruzamento de informações do Monitor do Fogo, coordenado pelo IPAM na rede MapBiomas, e do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A análise é atualizada no Observatório de Florestas Públicas, mantido pelo IPAM e pela iniciativa Amazônia de Pé.

Foto: Sérgio Vale / Vale Comunicação

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Prefeitura de Cruzeiro do Sul atua em Bairros com medidas de prevenção e manutenção

Serviços como compactação de solo, desentupimento de sarjetas e escadarias buscam atender demandas urgentes da população.

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Desobstrução de dispositivos de drenagem, contenção de encostas e construção de infraestrutura básica estão entre as ações realizadas nesta semana pela Prefeitura de Cruzeiro do Sul em diferentes bairros da cidade. As equipes da prefeitura buscam atender demandas urgentes da população, comuns ao período chuvoso.

No bairro Aeroporto Velho, a Secretaria de Obras, Mobilidade Urbana e Habitação concentrou esforços para conter desmoronamentos e estabilizar uma área de risco. “Utilizamos mais de 10 carradas de barro para compactar o solo, evitar o desmoronamento da rua e garantir a contenção da calçada”, explicou o secretário Carlos Alves.

No bairro Cohab, para melhorar a mobilidade dos moradores, foi construída uma escadaria em um ponto de difícil acesso. Já no bairro da Escola Técnica, as equipes trabalharam no desentupimento de sarjetas e em intervenções para conter o avanço de um desbarrancamento.

“São medidas emergenciais necessárias para resolver problemas estruturais que aparecem nesta época do ano. O objetivo é garantir a manutenção da cidade e a segurança da população”, reforçou Alves.

A Prefeitura mantém equipes mobilizadas para atender demandas emergenciais e planeja ações de médio e longo prazo para evitar a repetição de situações semelhantes nos próximos anos.

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