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MEIO AMBIENTE

Semana Chico Mendes 2022: Amazônia e Emergência Climática

A necessidade de unir forças para lutar contra a destruição da floresta nunca foi tão urgente

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O ano é 2022. O desmatamento avança de forma desenfreada na Amazônia. Grilagem de terras e a pecuária levam árvores centenárias ao chão. Incêndios fora de controle. Uma verdadeira vila flutuante formada por balsas equipadas com dragas para o garimpo avança sobre os rios da Amazônia. Destruição. Uma nova corrida pelo ouro se avizinha, com apoio pesado de várias esferas de poder.

A necessidade de unir forças para lutar contra a destruição da floresta nunca foi tão urgente quanto agora. E talvez em nenhum momento da história recente do Brasil se faz tão necessário revisitar o legado de um homem simples, que nasceu em Xapuri, no Acre, e que levou para o Brasil e o mundo a mensagem sobre a necessidade do uso sustentável dos recursos da floresta.

Se estivesse vivo, Chico Mendes completaria 78 anos, neste dia 15 de dezembro de 2022. Seu legado deve ser sempre celebrado. O líder seringueiro se levantou contra as condições precárias de trabalho de sua categoria – muitos em estado de semiescravidão. Foi um dos primeiros que teve a coragem de denunciar aqueles que financiavam a destruição da floresta amazônica e que, principalmente, ajudou a criar o conceito das reservas extrativistas, uma área demarcada para que as populações tradicionais pudessem viver da exploração da floresta, de forma sustentável, um conceito que se multiplicou Brasil afora e ajudou a salvar milhões de hectares de vários ecossistemas brasileiros.

Apesar de não estar mais aqui, fisicamente, Chico continua mais vivo e relevante do que nunca nos conceitos e ideais que ajudou a criar e também na realização da “Semana Chico Mendes”, evento que é realizado desde 1989, em Xapuri, para celebrar a memória do ecologista, como conta a filha de Chico, ngela Mendes.

O evento ocorre entre os dias 15 a 22 de dezembro e reúne debates, workshops e palestras sempre com a pauta ambiental. Neste ano, a Amazônia e Emergência Climática: reflorestando o pensamento a partir das vozes da Floresta é o tema principal.

“A semana Chico Mendes, tem como objetivo despertar na sociedade o debate na sociedade sobre a importância da luta, memória e legado de meu pai. Será uma semana de atividades em diversas áreas e grandes temas”, enfatizou ngela.

Na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-27) a sociedade civil brasileira lançou um manifesto contra os mercados de carbono, onde contou com a assinatura do Memorial Chico Mendes. ngela disse durante entrevista que alguns temas discutidos na COP-27, serão levados como pauta para a Semana Chico Mendes. “Este ano teremos um debate sobre as questões, desafios e problemas que envolvem a reserva extrativista Chico Mendes. Iremos ainda aproveitar e falar sobre nosso clima, aproveitar que acabamos de sair de uma COP, então será de grande importância todos os nossos temas discutidos”, finalizou.

Confira a programação:

● 15/12 (quinta-feira)

Invasão artística cultural em Xapuri/AC

09h00 às 17h00 – Seminário Coalizão pela Resex Local: Salão da Paróquia São Sebastião (Xapuri/AC)

09h00 às 12h00 – Oficina Jovens do Futuro

Mediação: Núcleo de Estudos, Extensão e Pesquisa Psicossocial Euclides Fernandes Távora – NEPSE (UFAC)

Local: Xapuri/AC

14h00 às 17h00 – Oficina Juventudes em Movimento

Mediação: Jovem do MST Local: Xapuri/AC

19h00 – Abertura oficial da Semana Chico Mendes

Local: Memorial dos Mártires da Floresta, ao lado do Sindicato dos/as Trabalhadores/as Rurais de Xapuri(Xapuri/AC)

✔ Entrega do Prêmio Chico Mendes de Resistência ✔ Noite Cultural

● 16/12 (sexta-feira)

09h00 às 16h00 – Seminário Coalizão pela Resex

Local: Salão da Paróquia São Sebastião (Xapuri/AC)

16h00 – Caminhada até o túmulo do Chico e celebração dos/as mártires da floresta;

  • Concentração no Memorial dos Mártires da Floresta, ao lado do Sindicato dos/as Trabalhadores/as Rurais de Xapuri (Xapuri/AC) 19h00 – Forró do Chico

Local: Xapuri/AC

● 17/12 – (sábado)

08h às 20h – Copão Chico Mendes

Local: Estádio Municipal Álvaro Felício Abraão

19h30 – Exibição do documentário: Amazônia a Nova Minamata

Local: Salão da Paróquia São Sebastião (Xapuri/AC)

● 19/12 – (segunda-feira)

9h: Mesa de debate: “O quê que eu tenho a ver com o Clima?”

Local: Auditório da ADUFAC (Rio Branco/AC)

14h00 – Mesa de debate: Experiências territoriais de mitigação e adaptação

Local: Auditório da ADUFAC (Rio Branco/AC)

● 20/12 – (terça-feira)

19h00 – Exibição do filme “A última Floresta”

Local: Cine Teatro Recreio (Rio Branco/AC)

● 21/12 – (quarta-feira)

19h00 – Exibição do documentário “Amazônia a Nova Minamata”

Local: Cine Teatro Recreio (Rio Branco/AC)

● 22/12 – (quinta-feira)

18h00 – Legado de Luz: Evento Ecumênico

Local: Praça Povos da Floresta (Rio Branco/AC)

MEIO AMBIENTE

Queimadas em julho de 2024 já superam total de julho de 2023 no Acre

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Em julho de 2024, o número de focos de queimadas no Acre já supera o total registrado em julho de 2023, mesmo antes do fim do mês. Até o dia 20 de julho de 2024, foram registrados 306 focos de incêndio no estado. Em comparação, julho de 2023 registrou 212 focos durante todo o mês. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O aumento no número de queimadas pode ser atribuído a condições climáticas e atividades humanas.

Além das queimadas, o desmatamento no Acre também apresenta números preocupantes. Até julho de 2024, foram emitidos avisos de desmatamento que totalizam 1.847,75 km² na Amazônia Legal, segundo dados do Projeto DETER do INPE. No mesmo período em 2023, os avisos de desmatamento totalizaram 46,08 km². A combinação de desmatamento e queimadas intensifica os desafios ambientais no estado e demanda ações coordenadas para a preservação das florestas.

Em dados do boletim oferecido pela Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema), do último dia 17, a previsão do tempo para o período de 17 a 23 de julho de 2024 indica chuvas acumuladas de até 15 mm nas regionais do Tarauacá-Envira, Purus e Baixo Acre, com possibilidade de chuvas abaixo do esperado em todas as regiões do estado. O risco de fogo é classificado como médio, alto e crítico em todo o estado, com maior intensidade nas regiões do Juruá e Tarauacá/Envira, de acordo com o boletim da Sema.

De acordo com dados do satélite de referência AQUA Tarde, entre 1º de janeiro e 21 de julho de 2024, o município de Feijó lidera o ranking de focos de queimadas no Acre com 44 focos, seguido de Cruzeiro do Sul com 42 focos e Sena Madureira com 29 focos.

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MEIO AMBIENTE

Na fronteira com o Acre, organizações indígenas do Peru movem ação contra construção de estrada e suas ameaças

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Organizações indígenas do Peru entraram com uma ação contra o Governo Regional de Ucayali para interromper a construção da estrada Nueva Italia – Puerto Breu. A estrada, iniciada sem autorização legal, foi aberta por madeireiros e narcotraficantes, sem estudo de impacto ambiental ou consulta prévia às comunidades afetadas.

A ação foi apresentada pela Organização Regional AIDESEP Ucayali (ORAU) e pela Associação de Comunidades Nativas para o Desenvolvimento Integral de Yurua, Yono e Sharakoiai (ACONADIYSH), com o apoio do Instituto de Defesa Legal (IDL) e da Upper Amazon Conservancy (UAC).

As comunidades indígenas dos distritos de Yurua e Tahuania, na província de Atalaya, manifestaram preocupação com a abertura da estrada, que já resultou no desmatamento de 7.160 hectares, segundo o Ministério do Ambiente. A estrada também ameaça os povos indígenas em situação de isolamento e contato inicial na Reserva Indígena Murunahua.

No Congresso, há iniciativas para formalizar a construção da estrada e declará-la de interesse nacional, como o Projeto de Lei 06960/2023-CR. As comunidades nativas argumentam que essa formalização facilitaria a expansão de atividades criminosas, como o narcotráfico e a extração ilegal de madeira, prejudicando o meio ambiente e as terras indígenas.

A demanda constitucional busca que o Governo Regional de Ucayali suspenda a construção da estrada, citando violações dos direitos coletivos dos povos indígenas, incluindo o direito a um ambiente equilibrado. Estudos indicam que a estrada já causou desmatamento significativo e que sua formalização aumentaria o impacto ambiental e social na região.

A construção da estrada UC-105 também apresenta sérios riscos para as comunidades indígenas no Acre, Brasil, situadas na fronteira. A estrada facilita a entrada de atividades ilícitas na região, resultando em desmatamento, contaminação de corpos d’água e impactos negativos na biodiversidade. Os povos indígenas do Acre, especialmente os Ashaninka do Rio Amônia, enfrentam ameaças diretas devido à proximidade da estrada com seus territórios. A ocupação ilegal e a presença de atividades criminosas aumentam a violência, incluindo assassinatos de líderes indígenas e defensores ambientais.

Historicamente, a estrada tem servido como um corredor para atividades predatórias, como a extração de madeira. Com a reabertura e expansão da UC-105, há um temor de retorno dos conflitos e deslocamentos forçados que marcaram as décadas passadas, agravando a situação dos povos indígenas que já sofreram com invasões e exploração ilegal em suas terras.

Fonte: https://www.idl.org.pe/

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MEIO AMBIENTE

⁠ Julie Messias recebe Cruz do Mérito da Amazônia por atuação exemplar no meio ambiente ⁠

Secretária do Acre é homenageada por Redução Histórica no Desmatamento e Combate às Queimadas

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A secretária Julie Messias recebeu a Cruz do Mérito da Amazônia pelo seu trabalho como gestora pública à frente da pasta ambiental no governo do Acre. A cerimônia de premiação aconteceu durante o evento Ícones da Amazônia, organizado pela Câmara Brasileira de Cultura e Academia de Ciências e Artes, no buffet AFA Jardim, em Rio Branco.

Julie Messias, além de ser secretária do Meio Ambiente, é presidente do Comitê Diretivo do GCF no Brasil e do Fórum de Secretários da Amazônia Legal. Em seu discurso, destacou que a premiação é um reconhecimento não apenas a ela, mas a toda a equipe de governo que trabalha na conservação e preservação ambiental.

Agradeço ao governador Gadson Cameli pela confiança em meu trabalho à frente da Sema, e a todos os demais agentes que atuam integrados à nossa pasta de Meio Ambiente.

O estado do Acre tem obtido resultados, como a redução de 69% no desmatamento e 45% nos focos de queimadas em 2023, conforme relatórios do MapBiomas e do Cigma, respectivamente. Além disso, foi o primeiro estado a ter um projeto aprovado pelo Fundo Amazônia, no valor de aproximadamente R$ 98 milhões. As ações incluem a Rede de Governança Ambiental, mutirões de regularização ambiental e programas como ReflorestAcre, Bioguardião e Água Boa.

Julie Messias enfatizou os desafios atuais, como a seca extrema e a baixa pluviosidade devido aos efeitos prolongados do El Niño, e lançou iniciativas como o Decreto de Emergência Ambiental e a Segunda Fase da Operação Protetor dos Biomas.

A premiação é o reconhecimento pelo trabalho dedicado à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável da região amazônica.

Com informações Assessoria / Foto: Janine Brasil/Sema

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