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MEIO AMBIENTE

Amazônia é muito mais que uma floresta, artigo de José Américo

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A maioria das pessoas já ouviu falar da Amazônia, mas poucos têm uma ideia clara do que ela é ou de quantas pessoas vivem nela

A Amazônia é uma vasta área de floresta terrestre que se estende ao longo da margem sul do rio Amazonas e seus afluentes.

Inclui a porção do Brasil, partes da Bolívia, leste do Peru, a maior parte do sudoeste da Colômbia e uma pequena parte do sul do Equador. Uma área tão vasta contém uma abundância de flora e fauna.

No entanto, o rápido esgotamento de seus recursos e o aumento da população ameaçam o futuro deste paraíso natural.

Por milhares de anos, as culturas nativas viveram na Amazônia sem prejudicá-la. Eles mantiveram seu equilíbrio, colhendo seus recursos adequadamente e preservando seu ambiente natural. Infelizmente, as recentes mudanças na cultura global – particularmente a globalização consumista – fizeram com que muitas pessoas desconsiderassem o valor cultural e ambiental da Amazônia.

Esta área agora abriga muitas espécies de animais e plantas ameaçadas de extinção. Muitas áreas são cobertas por florestas densas que abrigam muitas espécies animais e ecossistemas vitais.

Como os humanos continuam a esgotar os recursos naturais de seus respectivos ecossistemas, eles estão estendendo esses recursos além do que deveriam alcançar. A taxa de crescimento populacional na Amazônia é 2 a 3 vezes maior que a taxa média mundial. Esta rápida taxa de crescimento causou inúmeros problemas para esta região outrora intocada.

Em primeiro lugar, essa taxa de crescimento causa muitos danos aos ambientes naturais; em segundo lugar, cria mais espaço para os humanos viverem e alterar o ambiente ao seu gosto; e terceiro, aumenta a distância entre fornecedores e consumidores de recursos naturais, fazendo com que os preços aumentem devido ao aumento da distância e à diminuição da oferta.

Em última análise, essas taxas de crescimento desordenado rápido causaram grandes problemas tanto para a vida humana quanto para o ambiente natural no qual floresceram por milênios.

Diferentes líderes mundiais expressaram preocupação sobre a melhor forma de lidar com essa população crescente na Amazônia.

Em recente visita aos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio lula da Silva defendeu a importância do bioma para o Brasil e o mundo e convocou as nações mais desenvolvidas a se unirem num esforço financeiro para preservar este ecossistema, olhando especialmente para os povos originários, sem preterir os mais de 33 milhões de brasileiros de diversas origens que moram nos centros urbanos e áreas rurais da região.

Alguns acreditam que os governos deveriam permitir o desenvolvimento econômico em áreas rurais onde o desenvolvimento não causa impacto direto no meio ambiente. Outros acreditam que os governos devem controlar o desenvolvimento nas áreas rurais para proteger as culturas indígenas que ainda praticam métodos agrícolas de corte e queima.

Além disso, alguns acreditam que os governos devem desencorajar a imigração para áreas já populosas, ao mesmo tempo em que incentivam os agricultores a produzir mais perto dos centros urbanos para reduzir os custos de transporte.

Basicamente, nenhuma solução única se adapta bem a todas as situações – o que ressalta o quanto é importante que cada pessoa tome consciência e uma iniciativa para preservar o patrimônio natural do mundo.

Nunca houve um momento mais urgente ou importante para a humanidade preservar os hotspots de biodiversidade ameaçados do nosso planeta, como a bacia amazônica. A destruição desses ecossistemas perturba tanto a vida humana quanto inúmeras espécies animais.

Precisamos mudar nossa cultura para que valorizemos nosso patrimônio natural tanto quanto valorizamos o humano – ou perderemos ambos sem nunca perceber quanto dano causamos a eles ao longo do tempo.

MEIO AMBIENTE

Acre entra em alerta com crescimento de eventos climáticos extremos desde 2010, aponta pesquisa

36 anos de eventos extremos e a crescente preocupação

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Um estudo recente publicado na revista “Perspectives in Ecology and Conservation” aponta que o estado do Acre pode estar experimentando uma mudança significativa nos padrões de eventos climáticos extremos desde o ano de 2010. A pesquisa, realizada em colaboração entre a Universidade Federal do Acre (UFAC), a Universidade Estadual do Ceará (UECE), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o centro de pesquisas americano Woodwell Climate, indica que o estado pode ser uma das regiões brasileiras mais afetadas por esses eventos.

Os pesquisadores analisaram uma série de estudos publicados entre 1987 e 2023, assim como decretos estaduais e municipais relacionados a alertas climáticos e ambientais emitidos no mesmo período. Os dados revelam que nos últimos 36 anos, o estado enfrentou 254 eventos climáticos extremos. Desde 2010, há uma tendência constante de aumento na frequência e intensidade dessas ocorrências, quebrando o padrão observado até então.

Sonaira Silva, pesquisadora da UFAC e autora do estudo, destaca que a partir de 2010, houve uma ruptura no padrão anterior. Até 2004, a média indicava um evento extremo por ano nas cidades acreanas. No entanto, desde então, e especialmente após 2010, dois ou mais eventos têm sido registrados com frequência no mesmo ano em um mesmo município. Silva explica que esse é o padrão emergente, indicando que o ambiente não está se regenerando adequadamente após cada evento, tornando-se mais frágil a cada ano.

Durante o período analisado, o estudo revela que 60% das ocorrências foram caracterizadas como incêndios florestais ou queimadas em áreas desmatadas, 33% foram inundações e 6% crises hídricas. Silva destaca que as pessoas mais afetadas geralmente estão em áreas de risco, sendo mais pobres e com menos estrutura. As perdas econômicas em larga escala também são preocupantes, com o Acre tendo o maior custo financeiro por evento entre todos os estados brasileiros entre 2000 e 2015, estimado em mais de 15 milhões de reais a cada crise.

A equipe identificou que as áreas mais populosas, como a capital Rio Branco e o município de Cruzeiro do Sul, são as mais afetadas. “As regiões com menos floresta são aquelas em que os eventos climáticos ocorrem com mais frequência, mas o prejuízo está por todos os lados”, observa Silva.

Para mitigar a situação, a pesquisadora sugere a recomposição da vegetação nativa, a adaptação das cidades para modelos mais sustentáveis e inteligentes, e o cumprimento de políticas e legislações ambientais. Concluindo, ela destaca a necessidade de continuar monitorando de perto a situação para auxiliar na tomada de decisões que possam alterar esse cenário crescente de eventos extremos.

Confira o estudo: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S253006442300072X

Fonte: Agência Bori

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MEIO AMBIENTE

IBAMA realiza operação contra desmatamento ilegal e fecha serrarias no Acre

Operação do IBAMA fecha serrarias ilegais e apreende madeira em combate ao desmatamento na região do Acre

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) conduziu a operação Inopinus Flora na Vila Caquetá, município de Porto Acre, nesta quarta-feira, 22, com o objetivo de combater o desmatamento ilegal na região. Os resultados da operação incluíram a apreensão de aproximadamente 96,41m³ de madeira, bem como o fechamento de 08 serrarias que operavam sem a devida licença ambiental.

Segundo o IBAMA, as serrarias foram notificadas em 2022 para regularizar sua situação, entretanto, persistiram em operar sem a devida licença ambiental. Além disso, havia indícios de que a madeira apreendida era oriunda da Terra Indígena Apurinã do KM 124, localizada no município de Boca do Acre-AM. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), a extração de madeira nessa área configura crime ambiental, sujeito a multas, apreensão de maquinário e até mesmo prisão.

A operação contou com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública, responsável pela escolta dos agentes do IBAMA e dos caminhões que transportaram a madeira apreendida.

O material confiscado será avaliado e destinado para programas sociais. Em comunicado, a coordenação da operação destacou que a ação visa proteger o meio ambiente e os direitos dos povos indígenas, ressaltando a importância da operação para coibir o desmatamento ilegal na região, que afeta a biodiversidade, o clima e, especialmente, a vida dos indígenas.

Com informações da Assessoria – Foto: Arquivo/IBAMA

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MEIO AMBIENTE

Acre desponta como um protagonista na preservação ambiental e no armazenamento de carbono

Unidades de Conservação no Estado do Acre são pilares vitais na retenção de carbono e preservação ambiental

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O Acre assume um papel essencial na preservação ambiental do Brasil, especialmente através de suas 22 Unidades de Conservação (UCs) e 36 Terras Indígenas. Essas áreas, abarcando quase metade do território protegido por lei, são pilares fundamentais na defesa da biodiversidade e na redução das emissões de CO2.

Suas 22 Unidades de Conservação (UCs) e 36 Terras Indígenas no estado significam quase metade do território protegido por lei, desempenhando um papel fundamental na preservação da biodiversidade e na redução das emissões de dióxido de carbono (CO2). A participação ativa do estado nas esferas federal e estadual, por meio de parques nacionais, reservas extrativistas e florestas estaduais, destaca-se como uma peça-chave no complexo quebra-cabeça da conservação ambiental.

A pesquisa, liderada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e pelo jornal ((o))eco, ressalta a importância das UCs na retenção de carbono, equivalendo a 28 anos das emissões nacionais de CO2 no Brasil. Este dado não apenas enfatiza a contribuição significativa do Acre para esse estoque nacional, mas também sublinha a vitalidade das áreas de conservação no combate às mudanças climáticas.

Parques e reservas ecológicas, abrangendo terras públicas e privadas em níveis federal, estadual e municipal, cobrem aproximadamente 18% do território continental, totalizando cerca de 1,6 milhão de km². Essas áreas, distribuídas pela Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa, possuem uma extensão comparável ao estado do Amazonas.

A vegetação, tanto acima quanto abaixo do solo, nessas áreas retém pelo menos 19 gigatoneladas (Gt) de carbono. Essa quantidade é equivalente a 28 anos de emissões nacionais de CO2, o gás que intensifica o efeito estufa e contribui para o aumento da temperatura global. Em 2021, o Brasil emitiu 2,42 Gt de CO2 equivalente, incluindo outros gases que impactam o clima.

Os cálculos foram derivados das médias de carbono armazenadas nos diferentes tipos de flora de cada bioma, variando de 593,8 toneladas de CO2 por hectare (ha) na Amazônia. Os dados foram extraídos da Quarta Comunicação Nacional do Brasil à Convenção sobre Mudança do Clima das Nações Unidas.

As 10 áreas com maior estoque de carbono estão concentradas na Amazônia e incluem os Parques Nacionais Montanhas do Tumucumaque, Pico da Neblina e Jaú, as Estações Ecológicas Grão Pará e Terra do Meio, as Florestas Estaduais Paru, Trombetas e Amapá, a Área de Proteção Ambiental Tapuruquara e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Cujubim.

O balanço destaca que as reservas amazônicas concentram 92% do carbono do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Isso se deve não apenas à capacidade natural da flora da floresta equatorial de acumular mais carbono, mas principalmente à significativa diferença de área protegida entre os biomas.

Metas internacionais propõem a proteção de pelo menos 17% das áreas terrestres mais cruciais para a manutenção da diversidade biológica e serviços ecossistêmicos. Essas reservas devem ser efetivamente gerenciadas e integradas a outras medidas de proteção da natureza.

Em termos administrativos, os estoques de carbono estão predominantemente nas unidades de conservação federais (54,01%) e estaduais (42,53%), enquanto as municipais representam uma parcela significativamente menor (3,46%). Essa disparidade reflete as diferentes extensões de territórios protegidos por cada esfera de governo.

No âmbito federal, o Acre contribui para a salvaguarda ambiental com o Parque Nacional da Serra do Divisor, a Estação Ecológica do Rio Acre, a Área de Relevante Interesse Ecológico Seringal Nova Esperança, e outras notáveis UCs. Essas áreas desempenham um papel crucial na retenção de carbono, contribuindo para a significativa reserva nacional que equivale a 28 anos de emissões de CO2.

Além disso, as Unidades de Conservação estaduais, como o Parque Estadual Chandless, as Áreas de Proteção Ambiental Lago do Amapá e Igarapé São Francisco, e as Florestas Estaduais do Antimary, Rio Gregório e Mogno, complementam esse esforço, fortalecendo a missão de preservação ambiental do Acre.

No entanto, esse compromisso não é isento de desafios. A emblemática Reserva Extrativista Chico Mendes, pioneira entre as UCs de uso sustentável, enfrenta ameaças persistentes, sendo a área protegida mais pressionada pelo desmatamento entre agosto de 2022 e julho de 2023. Essa realidade destaca a urgência de ações concretas para proteger essas regiões, conforme evidenciado pelo estudo trimestral “Ameaça e Pressão de Desmatamento de Áreas Protegidas” do Imazon.

Fontes: https://oeco.org.br/
https://imazon.org.br/
http://semapi.acre.gov.br/

Foto: Arison Jardim

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