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MEIO AMBIENTE

Angela Mendes denuncia disseminação de fake news e ataques contra a Resex Chico Mendes e lideranças locais

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A ativista Angela Mendes, filha de Chico Mendes, fez um pronunciamento nas redes sociais, nesta terça-feira, 17, sobre a atual situação na Reserva Extrativista Chico Mendes, em Xapuri. Ela denunciou a propagação de fake news e ataques direcionados contra a própria reserva, servidores do ICMBio e lideranças extrativistas, como Raimundo Mendes de Barros, o Raimundão, que vem sofrendo ameaças.

“Me traz uma lembrança muito triste. Me parece que a gente está voltando àquela época de extrema violência que resultou no assassinato do meu pai”, declarou Angela. Ela criticou o uso político da situação, que, segundo ela, tem sido explorada por grupos que fazem “política vil e covarde”, distorcendo informações para jogar a população contra a Resex, os servidores públicos e as lideranças locais.

Angela explicou que a operação realizada pelo ICMBio tem respaldo judicial e não representa surpresa para quem foi alvo da ação. “São pessoas que criam gado dentro da resex acima do limite permitido, que foram notificadas uma, duas, três vezes. Acreditaram que nada ia acontecer, pagaram para ver, e houve um mandato judicial determinando a retirada do gado”, afirmou.

Ela também destacou que a mobilização contra a reserva tem origem conhecida. “As pessoas espertas já estão falando em desmarcação, em desafetação. Quem é que está por trás disso? O povo de sempre. O povo do PL 6024, que a gente combateu lá atrás e vai continuar combatendo, porque o sangue do meu pai ainda jorra nessa floresta, ainda jorra nessa Resex”, afirmou.

Em outro trecho, Angela também se posicionou em defesa da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela reconheceu os desafios enfrentados pela ministra e pediu uma intervenção firme do governo federal na situação, alertando para o risco de agravamento da violência.

O Ministério do Meio Ambiente já havia se manifestado reafirmando que as ações na reserva cumprem decisões judiciais transitadas em julgado, que confirmam a ilegalidade da pecuária em larga escala dentro da unidade. As operações visam proteger o território extrativista, combater o desmatamento e garantir a segurança das comunidades que vivem legalmente na reserva.

A situação permanece tensa na região, com registro de ataques contra bases do ICMBio, invasão de frigoríficos para resgate de gado apreendido e bloqueios na BR-317.

MEIO AMBIENTE

Jullie Messias assume protagonismo nacional na agenda climática ao liderar conferência com foco em soluções baseadas na natureza

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Uma nova liderança amazônida se destaca na agenda climática nacional. A acreana Jullie Messias, natural do Vale do Juruá, acaba de protagonizar um marco em sua trajetória ao liderar a realização da 3ª Conferência Brasileira Clima e Carbono, evento que reuniu mais de 600 participantes no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Recém-empossada na direção da Aliança Brasil NBS (Soluções Baseadas na Natureza), Jullie assumiu o cargo em um momento de transição pessoal e institucional, trazendo consigo mais de uma década de atuação na agenda ambiental e climática. “Assumi essa função fortalecida pela luz dos meus filhos”, declarou em suas redes sociais, destacando também a mudança de cidade e de ritmo de vida como parte desse novo ciclo.

Sob sua liderança, a Conferência cresceu em representatividade e impacto. Em dois dias intensos de programação, o evento contou com 20 painéis temáticos, mais de 90 painelistas e 18 moderadores, além de exposições fotográficas, reuniões com governos, comunidades e redes de mulheres. Foi um espaço de diálogo plural, com trocas significativas entre setores públicos, privados e da sociedade civil, algo essencial diante do horizonte da COP30 na Amazônia, marcada para 2025 em Belém do Pará.

“Seguimos com escuta, integridade e ação real”, afirmou Jullie, reafirmando seu compromisso com uma construção coletiva e baseada nos saberes dos territórios.
Sua origem no Juruá, uma das regiões mais biodiversas, mas também mais vulneráveis da Amazônia ecoa em sua atuação. Jullie leva à mesa de decisões a perspectiva de quem viveu de perto os efeitos da crise climática, e que agora luta para reposicionar a floresta como protagonista das soluções. Sua atuação articula inovação, justiça climática e a valorização de práticas tradicionais.

O Evento reunimos, no Memorial da América Latina, em São Paulo, mais de 600 pessoas em um espaço de diálogo qualificado, diverso e representativo. Foto: Reprodução/ Instagram

Com foco nas Soluções Baseadas na Natureza, a conferência também representou um avanço no fortalecimento de práticas sustentáveis que integram conservação, restauração e uso responsável dos ecossistemas, com benefícios para o clima, a biodiversidade e as pessoas.

Ao agradecer os membros da Aliança, os painelistas e os patrocinadores, Jullie reforçou um sentimento coletivo de propósito: fazer da agenda climática um compromisso com a vida, os territórios e as futuras gerações.

A liderança de Jullie Messias inaugura um novo capítulo na atuação climática brasileira um capítulo onde a floresta fala por si, e quem vem do interior da Amazônia assume com autoridade os rumos de um futuro mais justo e sustentável.

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MEIO AMBIENTE

Megaexpedição científica fortalece monitoramento ambiental na Estação Ecológica Rio Acre

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O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou uma expedição científica na Estação Ecológica Rio Acre, com foco na ampliação do monitoramento ambiental e da biodiversidade. A iniciativa integra o Programa Monitora, que atua em 125 unidades de conservação em todo o país e busca gerar dados consistentes sobre a fauna, flora e qualidade ambiental dos ecossistemas brasileiros.

Localizada no sudoeste do Acre, a Estação Ecológica Rio Acre recebeu ações voltadas ao monitoramento de mamíferos, aves, borboletas e plantas, espécies que servem como indicadores biológicos. A expedição aplicou tanto metodologias simples, que exigem poucos recursos, quanto protocolos mais complexos, que envolvem tecnologias e especialistas para análise de determinados grupos.

Segundo os responsáveis pela atividade, a operação contemplou todos os grupos monitorados, utilizando protocolos padronizados de alta exigência técnica. A diversidade biológica encontrada na unidade inclui organismos ainda pouco conhecidos pela ciência, destacando a relevância da área para pesquisas e estratégias de conservação.

A Estação Ecológica Rio Acre foi criada com o objetivo de preservar as nascentes do rio que dá nome à unidade. Sua posição estratégica na região garante a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais, como o transporte fluvial e a segurança hídrica para comunidades ribeirinhas e para a capital, Rio Branco.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima coordena a iniciativa, reforçando a política federal de conservação da biodiversidade por meio de instrumentos científicos e integrados à gestão territorial.

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MEIO AMBIENTE

Comunicadores Indígenas do Acre pedem veto ao PL 2159 e alertam para risco ambiental

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Representantes de comunidades indígenas intensificaram nesta semana a mobilização contra o Projeto de Lei 2159/21, aprovado na Câmara dos Deputados e atualmente em análise pela Presidência da República. O projeto altera as regras de licenciamento ambiental no Brasil, reduzindo exigências para obras com potencial de impacto, como hidrelétricas, estradas e atividades de mineração.

Lideranças indígenas, por meio da Rede de Comunicadores Indígenas do Acre, divulgaram um vídeo pedindo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete integralmente o projeto. A preocupação central é que, com a nova proposta, empreendimentos possam ser executados sem estudos de impacto ambiental nem consulta prévia às comunidades diretamente afetadas.

“Esse projeto coloca nossas florestas, nossos territórios e nossas vidas em risco”, afirma Uhnepa Nukini, comunicador do povo Nukini, no material divulgado. Segundo ele, a proposta fragiliza mecanismos de controle e fiscalização ambiental e compromete direitos garantidos aos povos originários.

O PL 2159 é alvo de críticas de diversos setores da sociedade civil, incluindo especialistas em meio ambiente, movimentos sociais e organizações indígenas. Para esses grupos, a aprovação da medida representa um retrocesso na legislação ambiental brasileira, ao flexibilizar normas que foram construídas ao longo de décadas com base em tratados internacionais e pactos nacionais.

As lideranças alertam que o projeto beneficia apenas grandes empreendimentos e corporações, em detrimento da preservação dos ecossistemas e dos modos de vida tradicionais. “O veto é pela vida. O veto é pelos nossos territórios”, resume o apelo da campanha.

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