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MEIO AMBIENTE

Causa indígena está de luto por indigenista Dede Maia

A comunidade indigenista se despede de Dede Maia, cuja trajetória de defesa dos direitos indígenas deixa um vazio, mas também um legado inspirador

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Neste sábado, 3, a comunidade indigenista recebeu a notícia do falecimento de Dede Maia, uma das mais notáveis indigenistas do Acre, ocorrido no Rio de Janeiro. Maia dedicou grande parte de sua vida à defesa e promoção dos direitos e culturas dos povos indígenas no estado.

Sua trajetória inclui a fundação de organizações indigenistas e a liderança em projetos voltados à preservação da cultura e territórios indígenas. Dentre suas contribuições, destaca-se a série audiovisual “Tecendo Memórias”, realizada sob o Projeto Aliança entre Indígenas e Extrativistas pelas Florestas do Acre, em parceria com a Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre). O projeto focou na documentação colaborativa das tradições indígenas, fortalecendo a identidade cultural e a conservação ambiental.

Maia também teve um papel importante no empoderamento das mulheres indígenas, participando de encontros e iniciativas que promovem a valorização do papel feminino nas comunidades, buscando superar as barreiras que limitavam sua participação em decisões comunitárias.

A comunidade indigenista e diversas organizações prestaram suas homenagens após o falecimento de Dede Maia. Tashka Yawanawa, liderança indígena, expressou sua gratidão através de uma mensagem: “Obrigado Dedé Maia por sua grande contribuição na luta pela autodeterminação dos povos indígenas acreano. Que o criador ti receba de braços abertos. Faça sua jornada espiritual na luz divina…”

Francisco Piyãko, coordenador da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), emitiu uma nota de pesar destacando o incansável trabalho de Maia: “É com imenso pesar que lamentamos o falecimento de Dede Maia, indigenista acreana de destaque e incansável defensora dos direitos dos povos indígenas. Sua partida reforça nosso compromisso de continuar sua luta pela justiça e pelo respeito aos povos indígenas em todo o Brasil. Sua vida foi uma inspiração para muitos, e seu legado permanecerá vivo nas histórias que contou, nas lutas que liderou e no amor que tinha pelas comunidades indígenas.”

A Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre) também expressou seu pesar, reconhecendo a significativa contribuição de Maia: “É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento de Djacira Maia, carinhosamente conhecida como Dedê. Acreana com origens nordestinas e indígenas, Dedê contribuiu enormemente com a luta dos povos indígenas do Acre. Trabalhou na formação de professores indígenas e na revitalização cultural tradicional de vários povos. Sua presença deixará não só saudades, mas um sentimento de falta imenso para todos que conviveram e trabalharam com ela e para o movimento indígena.”

Sua influência transcendeu o ativismo, tocando vidas de maneira pessoal e profunda. Dedê foi reconhecida como uma figura materna e mentora por muitos, incluindo Daiara Tukano, que compartilhou memórias afetuosas de Dedê, descrevendo-a como uma avó que a reconheceu e acolheu desde antes de seu nascimento, através de visões espirituais. Tukano recorda os momentos compartilhados com carinho, mencionando um colar de borboletas, um símbolo de amor e ligação cultural, que Dedê prezava.

A mensagem de Ailton Krenak, remetendo à continuidade da vida e à transformação em luz, ecoa a reverência pela jornada espiritual de Dedê e sua liberdade cósmica, simbolizando um legado de amor, luta e esperança que permanecerá vivo nas memórias e nos corações daqueles que a conheceram e foram tocados por sua dedicação incansável.

MEIO AMBIENTE

Queimadas em julho de 2024 já superam total de julho de 2023 no Acre

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Em julho de 2024, o número de focos de queimadas no Acre já supera o total registrado em julho de 2023, mesmo antes do fim do mês. Até o dia 20 de julho de 2024, foram registrados 306 focos de incêndio no estado. Em comparação, julho de 2023 registrou 212 focos durante todo o mês. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O aumento no número de queimadas pode ser atribuído a condições climáticas e atividades humanas.

Além das queimadas, o desmatamento no Acre também apresenta números preocupantes. Até julho de 2024, foram emitidos avisos de desmatamento que totalizam 1.847,75 km² na Amazônia Legal, segundo dados do Projeto DETER do INPE. No mesmo período em 2023, os avisos de desmatamento totalizaram 46,08 km². A combinação de desmatamento e queimadas intensifica os desafios ambientais no estado e demanda ações coordenadas para a preservação das florestas.

Em dados do boletim oferecido pela Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema), do último dia 17, a previsão do tempo para o período de 17 a 23 de julho de 2024 indica chuvas acumuladas de até 15 mm nas regionais do Tarauacá-Envira, Purus e Baixo Acre, com possibilidade de chuvas abaixo do esperado em todas as regiões do estado. O risco de fogo é classificado como médio, alto e crítico em todo o estado, com maior intensidade nas regiões do Juruá e Tarauacá/Envira, de acordo com o boletim da Sema.

De acordo com dados do satélite de referência AQUA Tarde, entre 1º de janeiro e 21 de julho de 2024, o município de Feijó lidera o ranking de focos de queimadas no Acre com 44 focos, seguido de Cruzeiro do Sul com 42 focos e Sena Madureira com 29 focos.

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MEIO AMBIENTE

Na fronteira com o Acre, organizações indígenas do Peru movem ação contra construção de estrada e suas ameaças

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Organizações indígenas do Peru entraram com uma ação contra o Governo Regional de Ucayali para interromper a construção da estrada Nueva Italia – Puerto Breu. A estrada, iniciada sem autorização legal, foi aberta por madeireiros e narcotraficantes, sem estudo de impacto ambiental ou consulta prévia às comunidades afetadas.

A ação foi apresentada pela Organização Regional AIDESEP Ucayali (ORAU) e pela Associação de Comunidades Nativas para o Desenvolvimento Integral de Yurua, Yono e Sharakoiai (ACONADIYSH), com o apoio do Instituto de Defesa Legal (IDL) e da Upper Amazon Conservancy (UAC).

As comunidades indígenas dos distritos de Yurua e Tahuania, na província de Atalaya, manifestaram preocupação com a abertura da estrada, que já resultou no desmatamento de 7.160 hectares, segundo o Ministério do Ambiente. A estrada também ameaça os povos indígenas em situação de isolamento e contato inicial na Reserva Indígena Murunahua.

No Congresso, há iniciativas para formalizar a construção da estrada e declará-la de interesse nacional, como o Projeto de Lei 06960/2023-CR. As comunidades nativas argumentam que essa formalização facilitaria a expansão de atividades criminosas, como o narcotráfico e a extração ilegal de madeira, prejudicando o meio ambiente e as terras indígenas.

A demanda constitucional busca que o Governo Regional de Ucayali suspenda a construção da estrada, citando violações dos direitos coletivos dos povos indígenas, incluindo o direito a um ambiente equilibrado. Estudos indicam que a estrada já causou desmatamento significativo e que sua formalização aumentaria o impacto ambiental e social na região.

A construção da estrada UC-105 também apresenta sérios riscos para as comunidades indígenas no Acre, Brasil, situadas na fronteira. A estrada facilita a entrada de atividades ilícitas na região, resultando em desmatamento, contaminação de corpos d’água e impactos negativos na biodiversidade. Os povos indígenas do Acre, especialmente os Ashaninka do Rio Amônia, enfrentam ameaças diretas devido à proximidade da estrada com seus territórios. A ocupação ilegal e a presença de atividades criminosas aumentam a violência, incluindo assassinatos de líderes indígenas e defensores ambientais.

Historicamente, a estrada tem servido como um corredor para atividades predatórias, como a extração de madeira. Com a reabertura e expansão da UC-105, há um temor de retorno dos conflitos e deslocamentos forçados que marcaram as décadas passadas, agravando a situação dos povos indígenas que já sofreram com invasões e exploração ilegal em suas terras.

Fonte: https://www.idl.org.pe/

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MEIO AMBIENTE

⁠ Julie Messias recebe Cruz do Mérito da Amazônia por atuação exemplar no meio ambiente ⁠

Secretária do Acre é homenageada por Redução Histórica no Desmatamento e Combate às Queimadas

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A secretária Julie Messias recebeu a Cruz do Mérito da Amazônia pelo seu trabalho como gestora pública à frente da pasta ambiental no governo do Acre. A cerimônia de premiação aconteceu durante o evento Ícones da Amazônia, organizado pela Câmara Brasileira de Cultura e Academia de Ciências e Artes, no buffet AFA Jardim, em Rio Branco.

Julie Messias, além de ser secretária do Meio Ambiente, é presidente do Comitê Diretivo do GCF no Brasil e do Fórum de Secretários da Amazônia Legal. Em seu discurso, destacou que a premiação é um reconhecimento não apenas a ela, mas a toda a equipe de governo que trabalha na conservação e preservação ambiental.

Agradeço ao governador Gadson Cameli pela confiança em meu trabalho à frente da Sema, e a todos os demais agentes que atuam integrados à nossa pasta de Meio Ambiente.

O estado do Acre tem obtido resultados, como a redução de 69% no desmatamento e 45% nos focos de queimadas em 2023, conforme relatórios do MapBiomas e do Cigma, respectivamente. Além disso, foi o primeiro estado a ter um projeto aprovado pelo Fundo Amazônia, no valor de aproximadamente R$ 98 milhões. As ações incluem a Rede de Governança Ambiental, mutirões de regularização ambiental e programas como ReflorestAcre, Bioguardião e Água Boa.

Julie Messias enfatizou os desafios atuais, como a seca extrema e a baixa pluviosidade devido aos efeitos prolongados do El Niño, e lançou iniciativas como o Decreto de Emergência Ambiental e a Segunda Fase da Operação Protetor dos Biomas.

A premiação é o reconhecimento pelo trabalho dedicado à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável da região amazônica.

Com informações Assessoria / Foto: Janine Brasil/Sema

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