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MEIO AMBIENTE

Falta de fiscalização ambiental no Governo Bolsonaro impulsionou explosão nas emissões de gases-estufa na Amazônia

Desastre ambiental na Amazônia: Consequências drásticas revelam o peso das decisões negligentes

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Pesquisa divulgada pela revista Nature na quarta-feira (23) revela que a ausência de fiscalização ambiental nos dois primeiros anos do governo Jair Bolsonaro (PL), 2019 e 2020, desempenhou um papel significativo no aumento das emissões de gases-estufa na Amazônia. As emissões durante esse período igualaram-se às observadas durante o El Niño extremo de 2015 e 2016, resultando em alguns dos maiores incrementos de dióxido de carbono atmosférico já registrados.

Ao comparar as emissões de 2019 e 2020 com a média do período entre 2010 e 2018, estima-se que as emissões tenham dobrado nos anos de 2019 e 2020. Em 2020, o estresse climático também contribuiu para esse aumento.

Examinando os anos de forma isolada e sempre em relação ao período-base (2010-2018), as emissões de carbono apresentaram um aumento de 89% em 2019 e de 122% em 2020.

A média de emissões no período 2010-2018 foi de 0,88 bilhões de toneladas de CO2. Em 2019, esse número saltou para 1,61 bilhões de toneladas, e em 2020, alcançou 1,91 bilhões de toneladas.

O crescimento das emissões em 2019 é atribuído pelos autores a um aumento de 82% no desmatamento e de 14% na área queimada na Amazônia. Condições climáticas dentro da variabilidade esperada não explicam o aumento acentuado.

Em 2020, a explosão nas emissões relacionou-se a um aumento de 77% no desmatamento e de 42% na área queimada, aliado a uma redução de 12% na precipitação anual, principalmente durante a estação chuvosa de janeiro a março. Nesse período, houve também um aumento de temperatura de 0,6°C.

A menor precipitação e as temperaturas mais altas causam estresse na floresta e nas árvores, impactando o equilíbrio entre fotossíntese (captura de CO2) e respiração (liberação de CO2), resultando no cenário de emissões de dióxido de carbono.

Os cientistas ressaltam que os resultados do fluxo de carbono indicam que a Amazônia está liberando mais carbono, intensificando as consequências para as mudanças climáticas globais. O desmatamento reduz a evapotranspiração e as chuvas, aumenta as temperaturas e a vulnerabilidade ao fogo.

Ao longo de aproximadamente meio século, os seres humanos devastaram cerca de 18% da Amazônia, sendo 14% convertidos para atividades agropecuárias, principalmente para pastagens.

Fonte: Folha de São Paulo
Queimadas Marechal Thaumaturgo – Acre Foto: Arison Jardim/25/08/2019

MEIO AMBIENTE

Acre e Mato Grosso do Sul enfrentam situação de emergência por incêndios florestais

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência nos estados do Acre e Mato Grosso do Sul em decorrência de incêndios florestais. O reconhecimento foi formalizado na última sexta-feira, permitindo que os municípios afetados solicitem recursos ao Governo Federal para ações de combate.

No Acre, os municípios de Sena Madureira, Xapuri e Porto Acre estão entre os que tiveram a situação de emergência reconhecida. Já no Mato Grosso do Sul, a cidade de Miranda foi incluída na lista. As prefeituras dessas localidades podem solicitar apoio financeiro por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres. As solicitações serão avaliadas pela equipe técnica da Defesa Civil Nacional, que determinará as metas e valores a serem liberados.

Além dos estados mencionados, o Brasil enfrenta uma série de incêndios florestais que, de acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Municípios, já afetaram mais de 4 milhões de pessoas em diferentes regiões do país.

Após a análise e aprovação dos pedidos de recurso, o Governo Federal publicará uma portaria com os valores a serem repassados para as ações de combate aos incêndios. O objetivo é auxiliar as administrações locais no controle dos focos de queimadas e na mitigação dos danos ambientais e sociais causados pelos incêndios florestais.

Foto Sérgio Vale / Vale Comunicação

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MEIO AMBIENTE

Rios no Brasil atingem níveis históricos de seca

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Na sexta-feira, 30 de agosto de 2024, quatro importantes rios brasileiros atingiram os menores níveis já registrados, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB). Entre eles estão os rios Solimões, Acre, Paraguai e Cuiabá, que superaram recordes históricos de seca em diversas estações de medição. O SGB alerta que a situação pode piorar, já que setembro é o período de maior estiagem no país.

No Alto Solimões, no Amazonas, o nível registrado em Tabatinga foi de -94 cm, superando o recorde anterior de -86 cm, medido em outubro de 2010. A baixa no Solimões afeta toda a bacia, impactando outros pontos da Amazônia. A medição negativa ocorre quando o nível do rio cai abaixo da régua instalada na estação de referência.

No estado do Acre, o rio Acre também registrou uma nova marca. Em Brasiléia, o nível chegou a 73 cm, uma queda de 17 cm em relação ao recorde anterior, de 90 cm. Já no Pantanal, o rio Paraguai atingiu 175 cm em Porto Conceição, Mato Grosso, batendo o recorde anterior de 178 cm. O rio Cuiabá, por sua vez, chegou a 227 cm na estação Santo Antônio do Leverger, apenas 1 cm abaixo da marca histórica de 228 cm.

Além desses, outros rios brasileiros também apresentam níveis críticos, como o rio Madeira, em Porto Velho, Rondônia, que registrou 133 cm, o segundo menor nível da história. No rio Araguaia, em Goiás, o nível alcançou 308 cm, próximo do recorde de 304 cm.

Especialistas apontam que a seca atual está relacionada a fenômenos climáticos como o El Niño e o Dipolo do Atlântico, que reduziram as chuvas na região. A previsão é que os níveis continuem a cair até o final de setembro, quando se inicia o período chuvoso no Brasil. Segundo André Matos, coordenador de sistemas de alerta hidrológicos do SGB, o cenário pode se agravar, com novas quedas previstas até o início das chuvas em outubro.

Foto: Sérgio Vale / Vale Comunicação

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MEIO AMBIENTE

Acre ultrapassa 1,7 mil focos de queimadas em agosto

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O estado do Acre ultrapassou 1.700 focos de queimadas no mês de agosto, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O monitoramento por satélite registrou 1.767 focos entre o dia 1º e o dia 29, o que representa um aumento de 27% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A situação levou o governo do estado a decretar, no dia 20 de agosto, uma situação de emergência em saúde pública, resultado da combinação entre a intensificação da seca e o aumento do número de incêndios. A medida visa fortalecer as ações de combate e prevenção.

O município de Feijó, com população estimada em 32 mil pessoas, lidera o ranking das queimadas no estado. Até o dia 29, foram registrados 444 focos de incêndio no município, o que equivale a cerca de 25% do total estadual. Entre os dias 29 e 30 de agosto, Feijó também liderou no número de novos focos, com 59 registros.

A Operação Sine Ignis (Sem Fogo) foi lançada no dia 29 de agosto como parte das ações para reduzir os focos de incêndio e o desmatamento. A operação é coordenada pela Casa Civil, Defesa Civil e Secretaria do Meio Ambiente, com a participação de outros órgãos estaduais e federais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Batalhão de Policiamento Ambiental.

Dados históricos indicam que o ano de 2022 foi o segundo com maior área queimada no Acre desde 2005. De acordo com o projeto Acre Queimadas, foram registrados mais de 322 mil hectares queimados em 2022, sendo 51% dessa área em terras desmatadas antes de 2021, muitas vezes associadas ao manejo agropecuário.

A qualidade do ar em Rio Branco tem sido uma das piores entre as capitais do país, como resultado do aumento das queimadas. Autoridades alertam que as penalidades para quem for responsabilizado pelas queimadas serão rigorosas, especialmente para reincidentes.

Foto: Sérgio Vale

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