O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Acre, Ricardo Araújo, detalhou os trabalhos de manutenção e melhorias na BR-364 durante entrevista ao Café com Notícias, com o jornalista Nonato Costo, na rádio Verdes Florestas, em Cruzeiro do Sul, nesta quarta-feira, 19. Ele destacou a importância das obras em andamento e a necessidade de interrupções temporárias para garantir a segurança e eficiência dos reparos.
Araújo anunciou a interrupção da BR-364 no trecho de Tarauacá, das 22h às 5h, para a realização de reparos na cabeceira da ponte. Ele explicou que a laje de transição, essencial para a estabilidade da ponte, foi danificada pela erosão do rio, que avançou cerca de 5 a 6 metros. “É necessário remover a laje, que pesa em torno de 20 toneladas, para cravar os tubulões da nova ponte,” afirmou.
O superintendente destacou o risco envolvido no trabalho e a necessidade de interromper o tráfego para evitar acidentes. “Se um cabo de aço arrebentar durante a remoção da laje, pode causar graves acidentes,” alertou. Para emergências, o serviço será interrompido temporariamente, garantindo a passagem de ambulâncias e veículos de emergência.
Esperança para Rodrigues Alves
Sobre a ponte sobre o Rio Juruá em Rodrigues Alves, Araújo informou que estudos para o projeto executivo serão licitados ainda este ano, com previsão de conclusão da obra em 2026. “É um projeto ambicioso, mas essencial para a região,” concluiu.
Trechos em reconstrução com macadame hidráulico na BR-364
Durante a entrevista, Ricardo Araújo, superintendente do DNIT no Acre, detalhou os esforços de reconstrução na BR-364, enfatizando o uso do macadame hidráulico, uma técnica inovadora e eficiente para garantir a durabilidade da estrada. O superintendente ressaltou que, apesar dos desafios, o Governo Lula tem garantido os recursos necessários, cerca de R$ 300 milhões foram investidos na estrada no último ano, tendo mais de R$ 400 milhões já previstos para esse ano.
Araújo explicou que o trecho entre Sena Madureira e o Rio Liberdade possui um solo de baixa resistência, conhecido como tabatinga, que chega a 400 metros de profundidade. Esse solo é propenso a erosões, tornando os reparos frequentes e pouco duradouros. “Todo dia cai uma erosão e temos que consertar. Somente o tapa-buraco não está mais dando resultado,” comentou.
Para resolver esse problema de forma definitiva, o DNIT está implementando o macadame hidráulico em vários trechos críticos. “Já começamos a reconstruir a estrada depois do Caeté, em Sena Madureira com 7 quilômetros de macadame,” disse Araújo. Além disso, outros 7 quilômetros serão feitos no lote 5, antes de chegar a Feijó, além do trecho entre o aeroporto de Rio Branco e o Bujari, que também já recebeu a nova técnica.
Araújo explicou o processo de construção com macadame hidráulico de forma acessível: “O pavimento existente vira uma sub-base. Trituramos o asfalto atual, consertamos os buracos profundos e colocamos pedras de diferentes tamanhos, de 30 centímetros de espessura, criando uma estrutura que se torna quase impermeável.” Essa técnica inclui a instalação de drenos a cada 20 metros para evitar a infiltração de água, protegendo a superfície do asfalto.
Embora o macadame hidráulico seja mais caro – cerca de 5 milhões de reais por quilômetro, em comparação com 2,5 milhões do pavimento com solo brita – Araújo destacou que, a longo prazo, o investimento é compensador. “Esse pavimento é previsto para durar 15 anos sem grandes problemas, enquanto o outro requer manutenção a cada dois anos. No final, o custo-benefício é melhor e temos trechos com quase 10 anos em Tarauacá que mostram o resultado” afirmou.
Planos futuros e priorização
O DNIT planeja reconstruir entre 250 e 300 quilômetros de estrada até 2026, priorizando os trechos mais vulneráveis. “Estamos licitando um segmento entre Sena Madureira e 20 quilômetros após Manoel Urbano, que será completamente reconstruído com macadame hidráulico,” anunciou Araújo. “Queremos garantir que os piores trechos recebam atenção primeiro, proporcionando uma estrada segura e durável para todos.”
Com essas ações, o DNIT espera transformar a BR-364 em uma via mais resistente e segura, melhorando significativamente a infraestrutura rodoviária do Acre e beneficiando milhares de usuários diariamente.
Assessoria PT do Acre