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Região Norte tem maior índice de gravidez entre adolescentes no Brasil, aponta pesquisa

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A Região Norte lidera o ranking nacional de gravidez na adolescência, conforme levantamento do Centro Internacional de Equidade em Saúde da Universidade Federal de Pelotas (ICEH/UFPel). O estudo, que analisou dados de todos os municípios brasileiros, revela que a taxa de fecundidade entre jovens de 15 a 19 anos na região chega a 77,1 nascimentos por mil adolescentes — número que representa mais do que o dobro da média nacional, estimada em 43,6 por mil.

Entre os anos de 2020 e 2022, mais de 1 milhão de adolescentes nessa faixa etária se tornaram mães no país. Já entre as meninas de 10 a 14 anos, o número de gestações ultrapassou 49 mil. Nessa última faixa, a legislação brasileira classifica qualquer gravidez como decorrente de violência sexual presumida.

O estudo destaca a disparidade regional dos indicadores. No Norte, 76% dos municípios apresentam taxas de fecundidade equivalentes às registradas em países de baixa renda. Em contraste, esse percentual é significativamente menor em outras regiões: 30,5% no Nordeste, 32,7% no Centro-Oeste, 9,4% no Sul e apenas 5,1% no Sudeste.

Segundo os pesquisadores, os altos índices de gravidez precoce estão diretamente ligados a fatores socioeconômicos. Municípios com menor renda per capita, altos índices de analfabetismo, ausência de infraestrutura e escassez de serviços públicos apresentam os piores indicadores. A pesquisa aponta que a gravidez na adolescência reflete situações de vulnerabilidade social e falta de acesso a oportunidades educacionais e de desenvolvimento.

A divulgação do estudo reacende o debate sobre políticas públicas voltadas à prevenção da gravidez precoce e ao fortalecimento da rede de proteção à infância e adolescência, especialmente em regiões com maiores desigualdades.

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Deracre conclui 96% das obras da Ponte da Sibéria em Xapuri

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O governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), avança na etapa final da construção da Ponte da Sibéria, em Xapuri. Com 96% de execução, a obra está prevista para ser entregue ainda em novembro, substituindo o uso da balsa e garantindo o tráfego permanente entre as duas margens do rio Acre. A presidente do Deracre, Sula Ximenes, acompanha o andamento das obras e destacou a importância do trabalho das equipes. “Quem passa por aqui consegue ver o quanto essa ponte representa pra cidade. É um trabalho feito com cuidado, dia após dia, por pessoas que acreditam no que fazem. Cada etapa que a gente conclui é a prova de que valeu a pena todo o esforço pra chegar até aqui”, afirmou.

Leia também a matéria especial do Épop “Nova Xapuri – Obra, gestão e trabalho”

As equipes trabalham na armação e aplicação das estruturas de ferro e concreto que compõem a sustentação da ponte. Paralelamente, ocorrem os serviços de instalação dos guarda-rodas e chumbadores do guarda-corpo, além da terraplanagem e pavimentação da via de acesso. Essas etapas preparam o local para o tráfego seguro de veículos e pedestres, marcando o início da fase conclusiva do projeto.

Uma das últimas frentes é o desmonte das treliças do balanço sucessivo — estruturas metálicas temporárias que sustentaram a montagem dos blocos da ponte. O procedimento marca o fechamento da superestrutura e a preparação para os acabamentos finais. Além da estrutura principal, o projeto inclui uma área de convivência sob a ponte, com calçamento e bancos, ampliando o uso público e valorizando o entorno urbano de Xapuri.

O investimento total ultrapassa R$ 40 milhões, sendo R$ 15 milhões provenientes de emenda parlamentar do senador Márcio Bittar e R$ 25 milhões do Tesouro Estadual. A ponte é considerada uma das maiores obras de infraestrutura já executadas pelo Estado na região do Alto Acre e representa uma mudança significativa na mobilidade local, encerrando décadas de dependência da travessia por balsa.

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Relatório da ONU alerta que 70% dos deslocados enfrentam riscos climáticos

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Em 2025, o mundo contabilizava 117,2 milhões de pessoas obrigadas a deixar seus locais de origem devido a guerras, violência e perseguições, segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Desse total, cerca de 86 milhões, o equivalente a 75%, estão expostos a altos ou altíssimos riscos ligados às mudanças climáticas, de acordo com o relatório No Escape II: The Way Forward, divulgado em 10 de novembro.

O documento aponta que, na última década, desastres como tempestades e inundações foram responsáveis por 250 milhões de deslocamentos internos em todo o mundo, uma média de 70 mil pessoas por dia. Esses fenômenos ambientais estão cada vez mais entrelaçados com conflitos armados, perseguições e crises humanitárias. O relatório também cita o Brasil entre os países mencionados em associação a desastres relacionados ao clima.

A Acnur alerta que os impactos climáticos, como aumento do nível do mar e desertificação, intensificam a vulnerabilidade de populações já afetadas por outras crises. “As medidas de fortalecimento da resiliência são necessárias não somente para as populações deslocadas, mas também para as comunidades que as recebem, elas mesmas, com frequência, vivendo em condições precárias semelhantes”, afirma o texto.

Os autores do estudo projetam um aumento expressivo na exposição a riscos climáticos nas próximas décadas. Em 2040, a quantidade de países em situação de exposição extrema deverá subir de três para 65, abrigando cerca de 45% das pessoas deslocadas por conflitos. Entre esses países estão Camarões, Chade, Sudão do Sul, Nigéria, Brasil, Índia e Iraque.

A perspectiva é que campos de refugiados situados em regiões mais quentes possam enfrentar quase 200 dias de calor extremo por ano, tornando muitos desses locais “inabitáveis devido à combinação mortal de calor extremo e umidade”, segundo a agência.

O relatório reforça que o agravamento das condições climáticas representa um fator de deslocamento adicional e tende a ampliar desigualdades e pressões humanitárias. As conclusões da Acnur se somam a outros estudos que relacionam diretamente as mudanças no clima à instabilidade social e política em diversas regiões do planeta.

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Educação

Relatório com 16 mil estudantes do Acre mostra interesse por tecnologia, saúde mental e participação na escola

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Um levantamento realizado com quase 16 mil estudantes do Acre, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, revela como adolescentes enxergam a escola e o que esperam do ambiente de aprendizagem. O material foi divulgado durante a Semana da Escuta das Adolescências, iniciativa do Ministério da Educação em parceria com Consed, Undime e Itaú Social, e reúne dados das redes estadual e municipais. O objetivo é identificar percepções sobre acolhimento, convivência, aprendizado e projetos de vida .

O relatório aponta diferenças entre faixas etárias. Entre os alunos do 6º e 7º anos, 68% associam a escola a um local de socialização, acolhimento e aprendizado, e 70% afirmam se sentir bem no ambiente escolar. Já entre os estudantes do 8º e 9º anos, período mais próximo do ensino médio, cresce o interesse por temas ligados ao futuro, como tecnologia, saúde mental e orientação profissional. Nessa faixa, 73% afirmam que a escola contribui para o aprendizado e para o autoconhecimento, mas somente 60% consideram o ambiente adequado para aprender e 55% vinculam o espaço ao desenvolvimento do autoconhecimento .

A socialização aparece como eixo central da experiência escolar. Entre os mais jovens, 81% dizem ter amizades significativas e 74% relatam se sentir respeitados pelos profissionais da escola. Apenas 43% percebem respeito mútuo entre alunos e professores. No 8º e 9º anos, 82% continuam valorizando a convivência, mas o índice de reconhecimento pelos professores cai para 35%, indicando necessidade de aperfeiçoar o diálogo em sala de aula .

Sobre atividades escolares, tecnologia e mídias digitais lideram a preferência: 43% dos alunos do 6º e 7º anos e 41% dos do 8º e 9º anos apontam essas atividades como as mais atrativas. A pesquisa científica também aparece como interesse relevante, mencionada por 35% dos estudantes mais novos e 28% dos mais velhos. Aulas práticas com projetos são bem recebidas por 37% e 35%, respectivamente, e o esporte atrai 36% e 34% dos respondentes. Atividades artísticas e culturais registram queda de interesse conforme a idade avança .

O estudo também identifica demandas por participação e suporte emocional. Entre os alunos do 6º e 7º anos, 28% desejam participar mais das decisões escolares; entre os mais velhos, o índice sobe para 30%. Iniciativas de combate a bullying e violência são defendidas por 31% dos estudantes, e 29% sugerem a presença de uma figura conselheira dentro da escola. Projetos que cuidem da saúde emocional são prioridade para 28%, e ações voltadas à qualidade de vida aparecem para 29% .

Os resultados indicam que, conforme avançam no ensino fundamental, os adolescentes passam a priorizar temas que contribuam para autonomia, planejamento e construção de seus projetos de vida. O relatório sugere que atividades conectadas ao uso de tecnologia, diálogo e participação estudantil se tornem estratégicas para a permanência e o engajamento dos alunos na escola .

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