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Educação

Ufac abre seleção para curso de medicina em 2026 com 80 vagas

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A Universidade Federal do Acre (Ufac) publicou nesta sexta-feira, 17 de outubro de 2025, o Edital nº 1/2025, que regulamenta o processo seletivo para ingresso no curso de bacharelado em medicina no ano de 2026. Serão ofertadas 80 vagas, divididas entre o primeiro e o segundo semestres letivos, no campus sede da instituição, em Rio Branco (AC).

O processo seletivo será executado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), responsável pela aplicação das provas objetivas e da redação, ambas de caráter eliminatório e classificatório. As provas ocorrerão em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, podendo ser estendidas a outras localidades conforme a demanda.

A taxa de inscrição foi fixada em R$ 120, com inscrições realizadas exclusivamente pela internet, no endereço www.cebraspe.org.br/vestibulares/ufac_26_medicina. O edital prevê isenção total da taxa para candidatos de baixa renda ou inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), conforme regulamentação vigente.

As 80 vagas estão distribuídas entre ampla concorrência e ações afirmativas voltadas a pessoas com deficiência e egressos do ensino médio de escolas públicas. Dentro dessas modalidades, há reservas específicas para candidatos pretos, pardos, indígenas e quilombolas, além da aplicação do bônus de inclusão regional — benefício concedido a estudantes que concluíram todo o ensino médio em instituições localizadas no Acre ou em municípios fronteiriços da Amazônia Ocidental.

Mais informações, incluindo o cronograma completo, documentação exigida e prazos, estão disponíveis no site do Cebraspe e no portal oficial da Ufac.

Educação

Rio Branco realiza segunda edição do TechJovem e incentiva jovens à inovação tecnológica

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A Prefeitura de Rio Branco abriu nesta quinta-feira (16) a segunda edição do Festival TechJovem Digital, considerado o maior evento de tecnologia do Acre. Realizado no espaço Maison Borges, no Distrito Industrial da capital, o encontro segue até sexta-feira (17) e tem como tema A nova economia da Inteligência Artificial. O objetivo é aproximar crianças e jovens da tecnologia e do empreendedorismo, ampliando o acesso ao conhecimento digital e à inovação.

O prefeito Tião Bocalom destacou que a iniciativa faz parte da política municipal de valorização da educação tecnológica. “Isso daqui é o que essa garotada precisa. É um grande incentivo para eles continuarem despertando o interesse e buscando caminhos dentro da tecnologia. Estou muito feliz, porque o evento não é só para alunos da rede municipal, mas também para escolas do Estado e de outros municípios”, afirmou.

“O evento é um grande incentivo para a garotada seguir sonhando e explorando o mundo da tecnologia uma iniciativa que conecta escolas municipais, estaduais e de outros municípios!” Tião Bocalom – foto Fred

A programação do festival inclui palestras, oficinas, exposições e o primeiro Campeonato de Robótica do Acre, com a participação de alunos das escolas Marilena Mansour, Hermínio de Melo e Francisco Augusto Bacurau. Durante a atividade, os estudantes desenvolveram mini ventiladores controlados por tablets, equipamentos distribuídos pela Prefeitura à rede municipal de ensino.

O vice-prefeito e secretário de Educação, Alysson Bestene, explicou que o TechJovem integra a estratégia de modernização da educação pública. “Essa é uma idealização do prefeito Tião Bocalom. É um investimento que busca garantir um futuro melhor para nossas crianças, oportunizando à rede municipal o acesso a inovações tecnológicas”, disse.

Além de autoridades locais, o evento contou com a participação de palestrantes nacionais, como a engenheira acreana Carol Pimentel, formada pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Ela compartilhou sua trajetória acadêmica e incentivou os jovens a persistirem nos estudos. “Desde novinha eu sempre ouvi que o ITA era a faculdade mais desafiadora do Brasil e passei a sonhar com isso. Meu conselho é que sonhem grande e corram atrás”, afirmou.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Tecnologia e Inovação, coronel Ezequiel Bino, destacou que o festival reforça o papel da Prefeitura na formação de novas gerações conectadas ao futuro digital. “O objetivo do TechJovem é despertar, preparar e conectar nossos jovens ao mundo das novas tecnologias. Eles já usam tecnologia, agora precisam aprender a usá-la a seu favor, como ferramenta de trabalho e transformação”, explicou.

O TechJovem Digital é parte de uma política municipal voltada à democratização do ensino tecnológico, que inclui o uso de robótica e programação nas escolas públicas de Rio Branco. A expectativa da gestão é ampliar as ações para novos bairros e municípios da região, consolidando o evento como referência na promoção da inovação no Acre.

Fotos: Sérgio Vale / Vale Comunicações

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Educação

Inscrições para vagas remanescentes do Fies 2025 começam dia 23 de outubro

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Os estudantes que desejam concorrer a uma das vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referentes ao segundo semestre de 2025 poderão se inscrever entre os dias 23 e 30 de outubro. O edital com as regras do processo seletivo foi publicado nesta quarta-feira (15) pelo Ministério da Educação (MEC) no Diário Oficial da União.

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, na página do Fies. O programa oferece financiamento para estudantes de baixa renda que cursam graduação em instituições privadas participantes.

Podem se inscrever candidatos com renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos, que tenham participado de alguma edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde 2010 e obtido média mínima de 450 pontos, sem nota zero na redação. Também é necessário comprovar frequência mínima no curso escolhido.

O resultado da chamada única será divulgado em 4 de novembro. A classificação seguirá a ordem decrescente das notas do Enem, priorizando candidatos sem ensino superior que nunca foram beneficiados pelo Fies, seguidos por aqueles que quitaram financiamentos anteriores.

O edital prevê cotas para ampla concorrência e ações afirmativas voltadas a autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Metade das vagas será destinada ao Fies Social, voltado a candidatos com renda per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico). Nesse caso, o financiamento pode cobrir até 100% dos encargos educacionais cobrados pela instituição de ensino superior.

Os pré-selecionados deverão validar as informações entre os dias 5 e 6 de novembro, diretamente na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento da instituição de ensino para a qual se candidataram. Após a aprovação da documentação, o contrato poderá ser formalizado junto ao agente financeiro em até dez dias úteis.

Quem não for selecionado na chamada única será automaticamente incluído na lista de espera, com possibilidade de convocação entre os dias 13 e 28 de novembro de 2025.

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Educação

Sistema Nacional de Educação merece celebração, mas acende alerta; artigo de Binho Marques

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Temos motivos de sobra para celebrar. A aprovação do SNE (Sistema Nacional de Educação) é uma conquista histórica, que coroa quase 1 século de lutas – das vozes pioneiras de 1932 às centenas de gestoras, professores e militantes que, em diferentes tempos, acreditaram que o Brasil precisava de um sistema nacional capaz de garantir unidade na diversidade.

Mas a festa não pode nos distrair. O SNE nasce como um sistema de sistemas – um organismo vivo, federativo, descentralizado, de múltiplas camadas. Por isso, será ainda mais complexo que o SUS (Sistema Único de Saúde), ao qual tem sido constantemente comparado. A analogia é justa, mas não literal.

O SUS é hierárquico e quase prescritivo. A educação, por essência, é mais plural e processual. O que o SNE compartilha com o SUS não é a forma, mas o propósito: a defesa do bem público, o compromisso com a universalidade, a coragem de transformar um direito em política concreta.

O SUS é o irmão mais velho, que enfrentou os caminhos mais duros. O SNE é o caçula da federação cooperativa – chega mais tarde, mas traz a mesma vocação de justiça e solidariedade.

No entanto, o maior desafio, definidor da viabilidade do sistema, ainda está à frente: definir o que é padrão de qualidade de sua constituição sem cair na armadilha da qualidade padrão. A diferença parece sutil, mas é profunda.

O padrão de qualidade é o piso de direitos que a Constituição garante a toda criança e jovem, onde quer que vivam. A qualidade padrão é o contrário disso: um molde único, que ignora culturas, territórios e contextos.

Um país tão diverso quanto o Brasil não pode ser educado sob uma régua só. A ideia de “padrão de qualidade” já foi capturada por simplificações perigosas. Quando o CAQ (Custo Aluno Qualidade) surgiu, era uma equação para entender que qualidade se podia alcançar com os recursos disponíveis. Depois, virou o oposto: quanto precisamos gastar para alcançar uma qualidade ideal.

A mudança ajudou a enfrentar o subfinanciamento, mas também congelou a ação e a inovação entre os gestores dos sistemas subnacionais – como se a qualidade só existisse quando o dinheiro estivesse todo garantido. O SNE precisa romper com esse determinismo. Financiamento e qualidade caminham juntos, mas não se reduzem um ao outro.

O desafio real é articular custo, equidade e diversidade – equilibrar justiça distributiva e liberdade pedagógica. Isso significa usar o SNE para organizar todas as formas de complementação supletiva da União e dos Estados em torno de um princípio comum: justiça educacional com equidade.

O Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) foi um avanço, mas as desigualdades permanecem imensas. Se o SNE não orientar os fluxos de financiamento e os critérios de redistribuição, será só um novo nome para velhos desequilíbrios.

Diferentemente do que muitos dizem, o SNE não é o “SUS da educação”. Ainda bem. Educar é muito mais do que prestar um serviço: é formar pessoas, reconstruir laços, produzir sentido coletivo e fortalecer a democracia, com pessoas altivas, autônomas, produtivas e mais felizes.

O SNE precisa aprender com o SUS em seus propósitos, mas não em sua forma. A educação não cabe em protocolos; precisa de princípios, não de checklists.

A aprovação do SNE é um passo monumental, mas é só o início. A etapa mais difícil virá em seguida: transformar uma lei em prática federativa, um texto em política viva, uma ideia em sistema real. E, sobretudo, garantir que o “padrão nacional de qualidade” se traduza em diversos modelos com a mesma dignidade – escolas diferentes, mas igualmente boas; territórios distintos, mas igualmente respeitados.

Se o SUS nos ensinou a cuidar da vida, o SNE nos desafia a ensinar a aprender nesse mundo dinâmico em profundas transformações. Cabe à educação também cuidar dos nossos sonhos. Que o Brasil volte a sonhar.

Saibamos aprender com o irmão mais velho, sem perder o brilho do caçula.


Sobre o autor:
Binho Marques, 62 anos, é ex-governador do Acre (2007-2010). Historiador e mestre em educação pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Atuou como professor, gestor público, secretário de Educação (municipal, estadual e no MEC/SASE), consultor do Unicef e parceiro de Chico Mendes em comunidades extrativistas. Hoje integra o Conselhão e atua na tmc1 – escola de gestão.

Artigo publicado originalmente no Poder 360

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