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Uso de aplicativos bancários por pequenos negócios cresce de 15% para 90% em dez anos

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O uso de aplicativos de bancos no celular por pequenos negócios no Brasil saltou de 15% para mais de 90% em uma década, segundo a pesquisa Hábitos Financeiros dos Pequenos Negócios, do Sebrae, que aponta a consolidação dos canais digitais como principal meio de acesso a serviços financeiros por empreendedores em 2025, em um movimento impulsionado pela maior oferta de internet, pela ampliação do acesso a smartphones e pela busca por mais autonomia na gestão financeira.

A pesquisa mostra que, em 2015, apenas 15% dos pequenos negócios utilizavam aplicativos bancários no celular pessoal, índice que chegou a 86% em 2022 e alcançou 92% em 2025. No mesmo período, o uso do internet banking via computador passou de 33% para 61%, indicando crescimento também nos canais digitais tradicionais. Em direção oposta, os canais presenciais perderam espaço entre os empreendedores: o uso de caixas eletrônicos caiu de 72% em 2015 para 35% em 2025, enquanto os correspondentes bancários, como as lotéricas, recuaram de 55% para 28%. O atendimento direto no caixa do banco passou de 58% para 21% no intervalo de dez anos, consolidando a redução da procura por serviços físicos.

Os dados regionais indicam que o Nordeste concentra maior uso de correspondentes bancários, com 37%, acima da média nacional de 28%, enquanto o internet banking apresenta maior adesão no Sudeste, com 67%, e no Sul, com 59%. No Nordeste, esse índice é de 53%. A pesquisa também revela diferenças de comportamento entre perfis de empreendedores: homens ainda recorrem mais aos canais físicos, enquanto as mulheres apresentam maior nível de digitalização. Outro fator identificado é a faixa etária, já que quanto maior a idade do empreendedor, maior é a dependência do atendimento presencial.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a digitalização do relacionamento bancário está diretamente ligada à ampliação do acesso a equipamentos e à internet. “A maioria deles tem acesso a notebooks e praticamente 100% possuem celular com internet, com banda larga, inclusive. O acesso a esses equipamentos permite buscar serviços na internet, na rede, inclusive serviços bancários pelo celular”, afirmou. Segundo ele, o processo também está associado ao avanço de outras ferramentas tecnológicas. “O empreendedor brasileiro tem se digitalizado por meio de equipamentos, internet e inteligência artificial, embora ainda haja um espaço bom para avançarmos por meio de ferramentas e serviços mais sofisticados”, completou.

A mudança de comportamento financeiro acompanha outras transformações no ambiente dos pequenos negócios, como o aumento do número de empresas ativas, a ampliação do crédito para microempreendedores individuais e a integração de soluções digitais na gestão empresarial. A tendência, segundo o Sebrae, é de continuidade da digitalização, com impactos na redução de deslocamentos, na organização financeira dos empreendimentos e na forma de relacionamento entre bancos e empreendedores em todo o país.

Fonte: Sebrae

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Prefeitura de Rio Branco inicia vacinação contra vírus sincicial respiratório para proteger recém-nascidos

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A Prefeitura de Rio Branco iniciou nesta terça-feira, 9 de dezembro de 2025, a oferta gratuita da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) para gestantes a partir da 28ª semana de gestação, com aplicação nas Unidades Básicas de Saúde e nas Unidades de Referência em Atenção Primária, começando pela URAP Augusto Hidalgo de Lima, na regional da Sobral, com o objetivo de reduzir casos de bronquiolite e outras complicações respiratórias em recém-nascidos, ampliando o acesso a um imunizante que até então era restrito à rede privada.

O VSR é um dos principais agentes causadores de infecções respiratórias em bebês, com impacto direto nas internações hospitalares nos primeiros meses de vida. Em 2025, segundo a Vigilância Epidemiológica do município, o vírus esteve entre os principais responsáveis por hospitalizações infantis em Rio Branco. A estratégia adotada pela Secretaria Municipal de Saúde consiste na imunização indireta dos bebês por meio da vacinação das gestantes, permitindo a transferência de anticorpos ainda durante a gestação. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, “é importante compreender que essa vacina é direcionada à imunização do bebê. Por isso, a orientação técnica é que a gestante tome a vacina a partir da 28ª semana. A vacinação faz parte do contexto do pré-natal, e qualquer dúvida deve ser esclarecida com a equipe de saúde que acompanha a gestante”.

Para atender a capital, foram disponibilizadas inicialmente 1.300 doses de um lote de 3.800 unidades enviado ao Acre, com distribuição já em andamento para as unidades de saúde de todas as regiões de Rio Branco. Entre as primeiras vacinadas estão as gestantes Eliana Guimarães, com 35 semanas, e Fabiele Aguiar, com 32 semanas de gestação. Eliana relatou que “na rede privada ela é bem cara, e sendo disponibilizada pelo SUS é muito positivo, porque protege a mãe e o bebê. Temos visto muitos casos de crianças na UTI e até óbitos causados pelo VSR”. Fabiele também destacou experiência anterior com problemas respiratórios na família e afirmou que, com a vacinação atual, espera um cenário diferente para o novo bebê.

A diretora de Vigilância Epidemiológica do município, Socorro Martins, explicou que a circulação do vírus foi registrada ao longo de todo o ano, com impacto direto na rede de saúde. “Muitas crianças menores de seis meses foram hospitalizadas. A vacina veio para proteger os bebês. A mãe se vacina e passa os anticorpos para o filho, evitando que ele desenvolva bronquiolite e outras complicações”, afirmou. A ampliação da cobertura pública com a inclusão da vacina no sistema municipal representa uma nova etapa nas ações de prevenção de doenças respiratórias na capital, com expectativa de redução das internações pediátricas e da pressão sobre o sistema de saúde nos períodos de maior circulação viral.

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Educação

Cruzeiro do Sul amplia rede de ensino integral com nove escolas a partir de 2026

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O governo do Acre anunciou que, a partir de 2026, nove escolas de Cruzeiro do Sul passarão a funcionar em regime de ensino integral, como parte da ampliação do modelo para 25 unidades da rede estadual em todo o estado, decisão comunicada pelo secretário de Estado de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, durante reunião híbrida com gestores da capital e do interior, com transmissão para todas as regionais, com o objetivo de alinhar a implantação da política educacional.

A secretaria informou que a definição das escolas levou em conta critérios estruturais e pedagógicos, com análise da capacidade de cada unidade para ofertar o tempo integral. Durante o anúncio, Aberson Carvalho afirmou que o desempenho das escolas que já adotam o modelo contribuiu para a ampliação. “Sabemos que a escola integral é sinônimo de qualidade, porque os números comprovam. Hoje, os nossos maiores Idebs, exceto das escolas militares, são das unidades em tempo integral. Eu sou defensor desse modelo, porque ele incorpora não só a base curricular, mas também o protagonismo da criança, do jovem e do adolescente”, afirmou. Ele também destacou que, pela primeira vez, escolas localizadas no campo serão incluídas no formato. “Isso simboliza um avanço muito importante, porque o aluno que mora na zona rural, nas águas e nas florestas, tem o mesmo direito de aprendizagem que o aluno da cidade”, disse, ao tratar da ampliação como parte de uma política de alcance territorial.

Atualmente, a rede estadual do Acre conta com 36 escolas em tempo integral. Com a expansão prevista para 2026, a expectativa é a criação de cerca de seis mil novas vagas nesse formato. No modelo integral, a jornada do estudante passa de quatro para sete horas diárias, totalizando 35 horas semanais, com atividades que incluem o currículo regular, oficinas, reforço pedagógico e ações complementares. Em Cruzeiro do Sul, as escolas que passarão a adotar o ensino integral são Beija Flor, Oscar Felício, Áurea Pires Montes de Souza, Professora Terezinha Migueis, Plácido de Castro, Absolon Moreira, Augusto Severo, Manoel Braz de Melo e Marcilino Nunes Ribeiro II, ampliando a cobertura do modelo no município e exigindo reorganização da rede local a partir do novo ano letivo.

Foto: Mardilson Gomes/SEE

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Projeto da Embrapa busca viabilizar cultivo sustentável do pau-rosa na Amazônia

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A Embrapa Amazônia Ocidental iniciou, em novembro de 2025, um projeto de pesquisa para estabelecer um modelo de cultivo sustentável do pau-rosa na Amazônia, com foco na produção de mudas clonadas, no manejo no campo e na recuperação da cadeia produtiva da espécie, cuja exploração predatória reduziu a produção de cerca de 500 toneladas anuais na década de 1970 para 1.480 quilos em 2021, com área plantada atual restrita a aproximadamente 50 hectares no Amazonas. O trabalho é desenvolvido em parceria com a empresa Litiara/Agroflora, em Rio Preto da Eva, e busca criar base técnica para a produção comercial do pau-rosa, árvore nativa da região utilizada principalmente para a extração de óleo essencial rico em linalol, insumo voltado às indústrias de cosméticos e perfumaria.

A pesquisa parte de uma população inicial de 80 árvores matrizes, das quais dez foram selecionadas por apresentarem maior vigor e teor de óleo superior a 1,5% na biomassa. A partir dessas plantas, teve início a retirada de galhos para a produção de clones por meio do enraizamento de miniestacas, método que permite gerar mudas idênticas às plantas-mãe. Segundo o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Edson Barcelos, líder da iniciativa, o uso de sementes tem sido limitado pela escassez e pela variabilidade genética. “Para plantar cinco hectares, são necessárias cinco mil mudas. Mas não há sementes suficientes e, quando há, o material genético é muito heterogêneo. As plantas crescem de forma desigual e o teor de óleo varia drasticamente”, explicou.

O objetivo do projeto é validar protocolos de clonagem, definir práticas agronômicas para reduzir perdas e garantir maior uniformidade nos cultivos, além de organizar uma coleção de trabalho com materiais genéticos de diversas procedências. Serão avaliados parâmetros como altura e época de poda, espaçamento entre plantas, tipos e doses de adubação e estratégias para controle de pragas e doenças. A proposta é estruturar um sistema de produção integrado, que contemple desde a seleção genética até o manejo no campo, criando condições para ampliar a escala do cultivo, a exemplo do que ocorre em cadeias já consolidadas como café, eucalipto e erva-mate.

A essência do pau-rosa é valorizada por conter mais de 80% de linalol, composto utilizado em diferentes aplicações comerciais. Durante décadas, a extração do óleo se deu pelo corte raso das árvores, sem replantio ou manejo, prática que levou à inclusão da espécie na lista de ameaçadas de extinção e à proibição da exploração predatória. Atualmente, os plantios estão concentrados nos municípios de Maués, Novo Aripuanã e Itacoatiara, no Amazonas, e enfrentam altas taxas de mortalidade, que variam de 70% a 90% quando o cultivo é feito a partir de sementes, além de ampla variação no teor de óleo, entre 0,5% e 2,0%.

Com apoio de uma emenda parlamentar no valor de R$ 250 mil, foram construídas estufas, adquiridos vasos e equipamentos para um laboratório de extração de óleo, e a casa de vegetação já está em operação. Nos próximos meses, a equipe dará início aos testes de enraizamento com diferentes substratos, como terriço, fibra de coco e vermiculita, além da aplicação de hormônios vegetais, para avaliar as condições mais adequadas à produção em larga escala. O projeto também estuda o uso da banana como cultura de sombreamento nos primeiros anos do pau-rosa, estratégia que pode garantir sombra adequada e gerar renda complementar para ajudar a custear o plantio. “Vamos criar um sistema de produção validado”, afirmou Barcelos.

Paralelamente, agricultores familiares da zona rural de Manaus participam de testes de cultivo como alternativa à extração em florestas nativas. Desde 2012, famílias de assentamentos do ramal ZF 4 plantaram 230 mudas consorciadas com frutíferas perenes, em áreas de roçado de mandioca e capoeira. Em 2020, foram observadas as primeiras florações. Apesar de uma taxa de mortalidade de 47%, as plantas cultivadas em consórcio apresentaram índices de sobrevivência superiores aos plantios realizados apenas em capoeira. A poda das espécies sombreadoras passou a ser recomendada para estimular a produção de biomassa e viabilizar a coleta de sementes e a extração de óleo em agroindústrias familiares.

Além dos desafios técnicos, a cadeia produtiva enfrenta entraves na comercialização do óleo essencial. Durante o Simpósio de Óleos Essenciais realizado em Manaus, em outubro de 2025, especialistas e empresários elaboraram a “Carta do Pau-Rosa” com propostas para reduzir a burocracia nos processos de venda. As exigências atuais, segundo os participantes, têm afastado compradores, que acabam substituindo o pau-rosa por outros óleos no mercado. Com a consolidação do sistema de produção, a expectativa da Embrapa é ampliar a oferta de mudas de qualidade, fortalecer a cadeia regional, contribuir para a conservação da espécie e gerar oportunidades de trabalho e renda em municípios amazônicos. “Estamos construindo um modelo que alia ciência, conservação e desenvolvimento regional”, concluiu Barcelos.

Fonte: Embrapa

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