A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) apresentou um projeto de lei que visa a criação da Semana da Cultura Peruana no estado, com o objetivo de estreitar laços culturais e comerciais entre o Acre e o Peru. A proposta foi feita pelo presidente da Aleac, deputado Luiz Gonzaga, e pelo primeiro-secretário Nicolau Júnior. A semana será comemorada anualmente na última semana de julho.

A iniciativa foi anunciada após uma reunião com o cônsul do Peru no Acre, Pedro Alberto Mário Rubin Heraud, que demonstrou apoio à proposta e ressaltou a importância de fortalecer as relações entre os dois países. O projeto visa promover a integração cultural entre o Acre e o Peru, valorizando as tradições e costumes peruanos, além de fomentar o intercâmbio cultural, artístico e turístico entre os dois territórios.

A proposta também busca incentivar o conhecimento da cultura peruana entre os acreanos, por meio de atividades culturais, artísticas, gastronômicas e educativas. Além disso, prevê a realização de eventos, palestras, exposições e oficinas para celebrar a cultura do país vizinho.

O deputado Luiz Gonzaga afirmou que a iniciativa vai além das questões culturais, impulsionando a parceria comercial entre o Acre e o Peru. Segundo ele, o estímulo à cultura peruana no Acre contribuirá para o desenvolvimento econômico do estado, com a atração de investidores peruanos e geração de emprego e renda para a população local.

Nos últimos anos, a Aleac e o governo do Acre têm trabalhado para fortalecer as relações comerciais com o Peru. O estado é considerado uma rota estratégica para o comércio bilateral, especialmente no setor agrícola. Recentemente, representantes do governo peruano estiveram em Rio Branco para discutir a construção de um novo porto em Arequipa, que terá o Acre como parceiro comercial, conectando o Peru ao Brasil.

O projeto de lei será avaliado pelos parlamentares e passará por votação nas próximas semanas.

Fonte: Aleac

A Expoacre 2024, a maior feira de agronegócios do Acre, movimentou mais de R$ 391 milhões em negócios, superando em 20% o resultado da edição anterior, que foi de R$ 325 milhões. Realizada no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco, entre 31 de agosto e 8 de setembro, o evento foi um sucesso econômico, com destaque para os setores de indústria, agropecuária, e vendas de máquinas e veículos.

O governador Gladson Cameli anunciou que a edição de 2025 trará mudanças, incluindo uma enquete para a escolha dos shows e a antecipação do horário de abertura da feira para o meio-dia. Além disso, destacou a redução da participação pública, visando ampliar o espaço para a iniciativa privada, refletindo o caráter de negócios da feira.

A Expoacre Juruá também foi mencionada, tendo alcançado R$ 36,6 milhões em movimentações em Cruzeiro do Sul, com público recorde de 160 mil pessoas. Expositores, bancos parceiros, como a Caixa e o Banco da Amazônia, e o Sebrae destacaram o sucesso da feira, apontando o aumento nas negociações e o impacto positivo na economia local.

O superintendente do Sebrae, Marcos Lameira, considerou a Expoacre 2024 um grande sucesso. Ele ressaltou a importância do apoio do governo estadual na realização do evento, destacando os desafios envolvidos em organizar uma feira dessa dimensão de forma independente. “Precisamos agradecer ao governo do Estado pelo apoio, pois sabemos o quão difícil é realizar uma feira dessa magnitude sozinhos”, afirmou Lameira.

Foto: Diego Gurgel/Secom

A professora acreana Neide Lopes foi uma das participantes do primeiro Simpósio sobre Direitos Humanos, realizado entre a China e a região da América Latina e Caribe. O evento ocorreu na última semana no Rio de Janeiro e marcou o 10º aniversário da Parceria Cooperativa Integral entre a China e América Latina, além do 50º aniversário das relações diplomáticas entre China e Brasil.

Durante o simpósio, Neide Lopes concedeu entrevistas para emissoras de televisão chinesas, destacando o potencial de cooperação entre o Brasil e a China, com ênfase na Rota da Seda. Ela ressaltou que o Brasil, em especial o estado do Acre, poderá se beneficiar da expansão do comércio entre os dois países, principalmente pela localização estratégica da região no contexto das trocas comerciais com a China.

A professora também abordou os desafios que o desenvolvimento econômico pode trazer para a preservação ambiental. Ela enfatizou a necessidade de criar uma estratégia de crescimento que minimize os impactos ambientais na Amazônia, defendendo o desenvolvimento sustentável. Segundo Neide, as riquezas naturais da floresta devem gerar benefícios diretos para as populações locais.

O simpósio contou com a participação de diversas lideranças acadêmicas e governamentais da América Latina e Caribe, além de representantes do governo chinês. O encontro faz parte dos esforços do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) para estreitar laços diplomáticos e comerciais entre as regiões.