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MEIO AMBIENTE

João Fortes: O legado de um beija-flor pela causa indígena e ambiental na Amazônia

Tributo a João Fortes: O Legado de um Beija-Flor na Amazônia
Honrando a memória de um defensor incansável dos direitos indígenas e da sustentabilidade ambiental

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As comunidades indígena e ambientalista do Acre lamentam a perda de João Augusto Fortes, um defensor dedicado dos direitos indígenas e da sustentabilidade ambiental na Amazônia. Francisco Piyãko, coordenador da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ) e liderança Ashaninka descreveu Fortes, em uma mensagem em suas redes sociais, como alguém que se transformou em um beija-flor, um espírito que agora reside no céu, observando e nutrindo tudo o que realizou na Terra.

“João Fortes é e sempre será um companheiro dos povos indígenas do Acre. Para nós, ele não morreu; transformou-se em um beija-flor aqui na Terra. Seu espírito agora reside no céu, de onde observa e nutre tudo o que realizou em nosso planeta,” afirmou Piyãko.

Esta metáfora do beija-flor não é casual; ela simboliza a leveza, a resiliência e a capacidade de trazer mudanças positivas, qualidades que João Fortes demonstrou ao longo de sua vida. “Ele dedicou suas ações não para si, mas para o mundo, para o planeta, para a vida na Terra. Não há como afirmar que ele fez algo para levar consigo após a morte. Tudo o que ele fez, deixou aqui na Terra,” refletiu Piyãko, ressaltando o altruísmo de Fortes e sua dedicação a uma causa maior que si mesmo.

João Fortes foi uma figura central no desenvolvimento de diversas iniciativas com foco no apoio aos povos da floresta. Exemplo disso é o Couro Vegetal, uma iniciativa inovadora que visava oferecer alternativas econômicas sustentáveis para os seringueiros da Amazônia. O Projeto Couro Vegetal da Amazônia, resultante de uma colaboração entre a empresa Couro Vegetal da Amazônia S.A., o Instituto Nawa para o Desenvolvimento do Extrativismo Sustentável na Amazônia, e várias associações de produtores locais, foi premiado pela sua abordagem de design ecológico.

Além disso, Fortes teve um papel fundamental na Aliança Reflorestar da Amazônia, uma coalizão entre organizações não-governamentais, associações indígenas, cooperativas de produtores e empresas, unidas com o objetivo de implementar agrossistemas agroflorestais em comunidades tradicionais da Amazônia.

Em sua mensagem, Piyãko destacou a continuidade da missão de Fortes, uma responsabilidade agora compartilhada por todos aqueles que o conheciam e eram inspirados por ele: “Estou convencido de que ele está feliz, onde quer que esteja, sabendo que nos deixou uma missão. Ele não levou nada consigo; ao contrário, nos deu a oportunidade de continuar a luta.”

Piyãko conclui sua mensagem com uma visão de esperança e perseverança: “João apenas abriu caminhos e espaços, sem fechar nenhuma porta com sua partida. Ele nos entregou essa responsabilidade.”

MEIO AMBIENTE

Prefeitura de Cruzeiro do Sul distribui 175 mil litros de água para famílias da zona rural afetadas pela seca

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A prefeitura de Cruzeiro do Sul, sob a gestão do prefeito Zequinha Lima, já distribuiu 175 mil litros de água potável para moradores da zona rural, afetados pela seca prolongada que atinge o Acre. A ação, que teve início em setembro, beneficia famílias de 38 ramais do município, com a entrega de galões de água semanalmente. Cada família recebe entre 40 e 60 litros de água por semana, dependendo do número de pessoas em cada residência.

O agricultor Raimundo Nonato, que vive no Ramal do Darci, relatou que a situação era crítica antes da chegada da água e que a ajuda veio em boa hora. “Estávamos pedindo socorro aos vizinhos para conseguir água. Agora, com a ajuda da prefeitura, estamos mais tranquilos”, afirmou. José Rafael, outro morador da região, também destacou a importância da iniciativa para a saúde de sua família, que antes dependia de poços e água da chuva.

A Secretaria de Agricultura, em parceria com a Defesa Civil e outras secretarias municipais, coordena a distribuição para garantir que todas as famílias rurais afetadas recebam a ajuda necessária. Segundo o prefeito Zequinha Lima, a distribuição continuará enquanto houver necessidade nos ramais atingidos pela falta de água.

Fonte: Assessoria PMCZS

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Assessoria

Comissão Transfronteiriça reforça pedido de paralisação de obra na rodovia UC-105, no Peru

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Em uma reunião de trabalho, a Comissão Transfronteiriça Alto Yuruá/Juruá/Alto Tamaya solicitou que o Governo Regional de Ucayali (GOREU) interrompa imediatamente a construção da rodovia UC-105, próxima a fronteira do Acre com o Peru. A comissão abordou diferentes agendas durante o encontro, destacando a posição contrária ao projeto da rodovia, que, segundo eles, está em andamento de forma ilegal e sem os devidos processos de consulta prévia.

Participaram da reunião líderes de diversas organizações, incluindo ACONADIYSH, ACCY, AACAPPY, ORAU e AIDESEP, do Peru, Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ) e Apiwtxa, do povo Ashaninka, ambas do Brasil, além de especialistas da Upper Amazon Conservancy. O objetivo principal foi exigir a paralisação da construção da rodovia, argumentando que a obra viola os direitos dos povos indígenas estabelecidos pela Lei de Consulta Prévia nº 29785 e pelo Convênio 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A rodovia UC-105 está prevista para passar pela comunidade de Nueva Italia (Tahuania) até Puerto Breu, no Peru. No entanto, conforme relatado pela comissão, o projeto não possui estudos técnicos ou processos de consulta que avaliem os impactos para as comunidades locais. A construção da rodovia beneficiaria atividades como extração de madeira, mineração ilegal e cultivo de folha de coca, ligadas ao narcotráfico, conforme descrito em um documento da Organização Regional AIDESEP Ucayali (ORAU).

A comissão enfatizou a urgência de uma resposta das autoridades competentes para interromper o avanço da rodovia e evitar maiores impactos socioambientais na região, afetando diretamente os direitos dos povos indígenas e o equilíbrio ambiental.

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MEIO AMBIENTE

Prefeitura de Rio Branco investe para modernizar sistema de água em meio à crise hídrica e reforça importância do uso consciente

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Diante dos desafios impostos pela crise hídrica e os extremos climáticos que têm afetado o abastecimento em diversas regiões do país, a Prefeitura de Rio Branco tem intensificado os investimentos no sistema de distribuição de água, buscando garantir qualidade e eficiência no serviço. Com um investimento de R$ 4 milhões em novos equipamentos e a promessa de mais R$ 4,6 milhões em recursos vindos do Governo Federal, a gestão atual reforça o compromisso em assegurar água 24 horas por dia à população.

O prefeito Tião Bocalom destacou a importância da modernização das infraestruturas, que inclui a troca de tubulações antigas e a instalação de novos hidrômetros, além da perfuração de poços artesianos e a construção de lagoas para armazenar água durante o verão. No entanto, ele lembrou que a eficiência do sistema depende também da colaboração de todos.

Além de enfrentarem desperdícios na rede, muitas áreas da cidade sofrem com a baixa pressão da água, que deverá ser resolvida com os novos conjuntos de motores e bombas adquiridos pela prefeitura. Contudo, o desperdício de água e o uso indevido ainda são fatores que impactam diretamente o serviço. Assim, a prefeitura pede que a população use a água de maneira consciente e que todos regularizem o pagamento do consumo, fundamental para manter o sistema sustentável e permitir novos investimentos.

O diretor-presidente do Saerb, Enoque Pereira, reforçou que o atual momento exige responsabilidade compartilhada. “Estamos em um cenário em que a água se torna um bem cada vez mais precioso. Cada um de nós tem o dever de usar com sabedoria, evitando desperdícios e colaborando para que esse recurso vital esteja disponível a todos, de forma justa e eficiente”.

Foto: Evandro Derze/Assecom

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