Assessoria de Imprensa – FEM
Um salto ao passado, um retorno nostálgico às raízes e à infância no tempo do seringal, assim é o sentimento que muitos acreanos têm ao visitar o Museu da Borracha, em Rio Branco. Fundado no final da década de 70, o Museu da Borracha Governador Geraldo Mesquita, reúne no seu vasto acervo uma narrativa detalhada da história do povo acreano, com ênfase na Revolução Acreana, destacando os ciclos da borracha no estado.
O local para quem nasceu, viveu ou se criou nos milhares de seringais espalhados pelo Acre é uma verdadeira viagem ao passado, e reencontro com a identidade dos acreanos.
Devido à pandemia, as portas do museu tiveram de ser fechadas ao público, porém as atividades internas de manutenção e preservação do espaço foram mantidas. Agora, as portas estão abertas aos acreanos e turistas para visitação, de segunda a sexta, das 8 às 14 horas.
Poronga, cabrita (equipamento para a realização da sangria da seringueira), a tigela e a casa do seringueiro em Paxiúba, o som AM à pilha, a lamparina em cima da mesa ao lado da garrafa de café, na parede o quadro do Santo e da família, a espingarda e o famoso giral (local onde o seringueiro lavava sua louça) remontam o cenário da história e da identidade dos povos acreanos.
Não é de se admirar que muitos acreanos de várias idades se emocionam ao adentrarem aos espaços do museu, em especial a casa do seringueiro, e ver diante de seus olhos sua infância nas colocações e seringais.
Para a responsável pelo Museu da Borracha, Soraia Oliveira Gomes, o local é de grande valor e significado para a história do Acre.
“O espaço além de ser muito agradável e aconchegante tem uma carga histórica significativa que apresenta detalhadamente como os seringueiros viveram e é fundamental para nossa história, é o nosso maior patrimônio histórico”, conta.
História do Museu
O Museu da Borracha foi instituído pelo decreto estadual de 3 de abril de 1978, e inaugurado em 5 de novembro do mesmo ano, durante a gestão do governador Geraldo Gurgel de Mesquita, por ocasião das comemorações do primeiro centenário da migração nordestina para o Acre. Na época, subordinado à Secretaria da Educação e Cultura, sua primeira sede foi em um edifício localizado na avenida Getúlio Vargas, em Rio Branco.
Em 1986, o museu foi transferido para a sede da Fundação de Cultura Elias Mansour, hoje responsável pela administração dos espaços museológicos e demais equipamentos culturais do Acre. O museu ocupa desde então a função de central museológica do estado, destinando-se à guarda de parte significativa de seus registros documentais, históricos e culturais.
Com a extinção da Superintendência da Borracha (SUDHEVA) em 1990, e após autorização do Ministério da Agricultura, o museu passou a ocupar a antiga sede do órgão extinto, um edifício de 510 m², situado na avenida Ceará, no centro de Rio Branco, onde se encontra até hoje. Além dos espaços expositivos, o museu conta com reserva técnica, áreas para atuação didático-cultural, biblioteca, arquivos históricos e um auditório com capacidade para 60 pessoas.