Rio Branco, 23 de maio de 2025 – A Prefeitura de Rio Branco realizou nesta quinta-feira (23) uma reunião com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) para discutir propostas de incentivos ao setor industrial, com foco no Distrito Industrial.
O encontro contou com a participação do prefeito em exercício, Alysson Bestene, do secretário municipal de Finanças e Planejamento, Wilson Leite, e do primeiro secretário da FIEAC e presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmicas do Estado do Acre (Sindcer), Márcio Valter Agiolfi.
Segundo Alysson Bestene, a administração municipal busca manter o diálogo permanente com o setor produtivo. “O prefeito Tião Bocalom sempre tem buscado dialogar e conversar com todos os setores. Hoje, recebemos a visita da FIEAC, junto com nosso secretário de Finanças e Planejamento, para ouvir as demandas do setor industrial”, afirmou.
Entre as principais reivindicações apresentadas pela FIEAC está a redução do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para as indústrias localizadas no Distrito Industrial. De acordo com Márcio Agiolfi, o valor do imposto tem impactado negativamente a sustentabilidade econômica das empresas da região. “Temos diversas empresas que estão quase inviabilizadas economicamente devido ao IPTU elevado nas regiões industriais. Essas indústrias necessitam de áreas amplas, acima de 10 mil metros quadrados, e o valor do IPTU acaba ficando muito alto, dificultando a manutenção e novos investimentos”, explicou.
O dirigente da FIEAC avaliou positivamente a reunião e destacou a abertura da Prefeitura para buscar soluções. “A reunião foi proveitosa e a Prefeitura demonstrou disposição em colaborar para tornar o Distrito Industrial mais atrativo para investimentos”, disse.
O secretário municipal de Finanças e Planejamento, Wilson Leite, informou que a equipe técnica já está avaliando as propostas apresentadas. “O setor industrial já vinha solicitando a redução da alíquota do IPTU para as empresas do Distrito Industrial. Nosso papel é realizar um estudo do impacto financeiro para apresentar uma contraproposta equilibrada, que atenda tanto à Prefeitura quanto aos empresários, que geram empregos e riqueza para o município, sem comprometer as finanças públicas”, afirmou.
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Administração (Sead), passou a oferecer aulas de Hatha Yoga no Centro de Atenção à Saúde do Servidor (Cass), em Rio Branco. A atividade faz parte das ações voltadas ao cuidado com a saúde física e mental dos trabalhadores do serviço público estadual.
A proposta da iniciativa é contribuir para a melhoria do ambiente laboral por meio de práticas que promovam bem-estar e equilíbrio. O Hatha Yoga reúne exercícios de respiração, posturas corporais e meditação, sendo reconhecido como instrumento de apoio no enfrentamento ao estresse, ansiedade, dores musculares e distúrbios do sono.
Segundo a instrutora Kátia Silva, a atividade é acessível a diferentes perfis e promove ganhos físicos e emocionais. Ela explicou que os movimentos realizados ajudam a alongar o corpo, fortalecer a coluna e estimular a consciência corporal. Já as técnicas respiratórias atuam no aumento da energia e no controle da ansiedade. Kátia também destacou os efeitos positivos sobre a saúde cardiovascular e emocional dos praticantes.
As aulas acontecem em espaço adequado e com acompanhamento técnico. Servidores interessados podem fazer o agendamento por meio do site oficial do governo (www.ac.gov.br) ou pelo aplicativo MeuAC, disponível nas plataformas Android e iOS.
A ação faz parte de uma política institucional de valorização dos servidores, com foco na prevenção de doenças e na promoção de hábitos saudáveis.
FestCine Originários ilumina a Amazônia com histórias indígenas no Mariri Yawanawá 2025
Pelo segundo ano consecutivo, o FestCine Originários brilhou intensamente, acendendo sua tela mágica para tecer histórias vibrantes e emocionantes. Integrando a programação do Mariri Yawanawá, os filmes, que nasceram da cultura e das vivências indígenas, conectaram a todos com a alma da floresta e a sabedoria ancestral.
A Floresta Amazônica se iluminou com a magia do cinema na última semana. Após uma estreia de peso na COParente [8 a 10 de julho], o Festival de Cinema Indígena Itinerante – FestCine Originários – levou suas telas e histórias para o coração do Mariri Yawanawá 2025. De 12 a 16 de junho, a vibrante Aldeia Mutum, situada na Terra Indígena Yawanawá do Rio Gregório, em Tarauacá, Acre, se transformou em um grande palco para as narrativas dos povos originários.
Pelo segundo ano consecutivo, o FestCine Originários brilhou intensamente, acendendo sua tela mágica para tecer histórias vibrantes e emocionantes. Integrando a programação do Mariri Yawanawá, os filmes, que nasceram da cultura e das vivências indígenas, conectaram a todos com a alma da floresta e a sabedoria ancestral. Foi uma verdadeira celebração que transcendeu as telas e tocou cada coração presente.
No coração da Amazônia
“Estou muito feliz com a realização do FestCine Originários no Mariri Yawanawá pela segunda vez consecutiva. As sessões aconteceram na shovu da aldeia Mutum, do povo Yawanawá, e foram um sucesso absoluto! Foram exibidos filmes e o ponto alto foi a estreia do filme ‘Saiti Muniti’, dirigido por Nedina Yawanawá, que recebeu muitos aplausos. Além disso, fiquei profundamente feliz com os convites recebidos de outros povos para levar o FestCine até suas aldeias. Por fim, quero agradecer ao cacique geral do Mariri, Joaquim Tashka Yawanawá, pela parceria, pelo carinho e pelo acolhimento que ele e sua comunidade deram à equipe do FestCine”, afirmou o idealizador do festival, Moisés Alencastro.
Para Jackie Pinheiro, assessora de imprensa do FestCine Originários, a segunda edição do festival foi emocionante: “foi uma experiência indescritível testemunhar o fascínio dos participantes do Mariri Yawanawá pelos filmes que exibimos. Mas o que realmente tocou foi ver a comunidade inteira — adultos, crianças e idosos — vibrando com histórias que espelham suas próprias vidas. A energia era contagiante, especialmente durante momentos do filme ‘Saiti Muniti’, uma prova viva do poder do cinema. Tudo isso só foi possível pela parceria com o cacique Tashka Yawanawá e da Ascy (Associação Sociocultural Yawanawa), que compreendem a importância de um festival que honra e celebra as narrativas dos povos originários”, salientou.
“Saiti Muniti”: nasce uma estrela na floresta
Um dos momentos mais emocionantes do festival foi a aguardada estreia de “Saiti Muniti: Cantos e Encantos”. Um curta-metragem poderoso e tocante, dirigido pela inspiradora Nedina Yawanawá, uma das lideranças do povo Yawanawá do Acre e diretora da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Acre (Sepi).
Na Aldeia Mutum, a atmosfera era de pura magia durante as exibições. Os moradores e turistas de diversas partes do mundo se reuniram, e cada cena do documentário foi recebida com suspiros, sorrisos e, por vezes, lágrimas. A emoção era palpável no ar, mostrando o quanto essas histórias são capazes de tocar e transformar.
“Nós trazemos uma história real de como uma jovem indígena consegue andar em dois mundos, duas visões: ela faz parte do povo Yawanawá e Ashaninka, e através da música, ela fortalece a sua identidade, cultura e tradição. E traz um pouco de como é a vida do jovem que vive a sua cultura, mas também dialoga com a sociedade não indígena”, explica Nedina.
Mais do que um festival de cinema, o FestCine Originários é uma ponte entre mundos, um convite irresistível para sentir, aprender e celebrar a riqueza inestimável dos povos originários.
Uma sessão inesquecível de histórias e culturas
Na última segunda-feira, 14 de junho, as telonas da shovu (casa de cerimonial) da Aldeia Mutum vibraram com uma seleção especial de filmes, que incluíram:
‘Bimi Shul Kaya’ (direção: Isaka Huni Kuin e Zezinho Yube)
‘Brasil é Terra Indígena’ (direção: Maya Dourado)
‘Awara Nane Putane: Uma História do Cipó’ (direção: Sérgio de Carvalho)
‘Sementes’ (direção: Isabelle Amsterdam)
‘Sukande Kasáká: Terra Doente’ (direção: Kamikia Kisedje e Fred Rahal)
‘Noke Koi – A Festa do Povo Verdadeiro’ (direção: Sérgio de Carvalho e Alexandre Barros)
‘Rami Rami Kirani’ (direção: Lira Mawapai Huni Kuin e Luciana Tira Huni Kuin)
‘Mundurukuyü: A Floresta das Mulheres Peixe’ (direção: Aldira Akay, Beca Munduruku e Rilcélia Akay)
E a aclamada estreia de ‘Saiti Muniti’ (direção: Nedina Yawanawá)
Apoio que faz a diferença
O festival só foi possível graças ao apoio do Governo Federal e da Prefeitura de Rio Branco, por meio do Ministério da Cultura e da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil (FGB), com financiamento da Aldir Blanc (2024).
O objetivo é claro: ecoar as vozes e narrativas dos povos originários, tecendo um panorama abrangente da produção audiovisual que transcende fronteiras étnicas e culturais.
A edição 2025 do FestCine Originários também contou com o carinho e a parceria do deputado estadual do Acre, Edvaldo Magalhães, Chapeleira Sole Lua (@chapelaria_solelua), Associação Sociocultural Yawanawá (@ascyawanawa) e Saci Filmes (@sacifilmes).
Em agosto, o FestCine Originários chega à capital acreana, Rio Branco, com exibições de todas as películas selecionadas pela curadoria, composta por: Wewito Piyãko, Rose Farias e Sérgio de Carvalho. Toda a programação pode ser conferida por meio do @festcineoriginarios.
A Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) promoveu um café da manhã, nesta quinta-feira (17), para marcar a aprovação da lei que reduz em 50% o valor do IPTU cobrado de empresas instaladas nos distritos industriais de Rio Branco. A medida, aprovada pela Câmara Municipal, foi sancionada pelo prefeito Tião Bocalom e atende a uma demanda histórica do setor industrial.
Durante o evento, realizado no Distrito Industrial, o prefeito destacou que a mudança visa corrigir distorções no cálculo do imposto para empresas que utilizam grandes áreas e reforçou a importância do setor produtivo na geração de empregos e renda. “Criar um ambiente mais favorável para quem emprega é um dever do poder público”, afirmou.
O presidente da Fieac e deputado federal, José Adriano, avaliou a iniciativa como um avanço importante para o setor, ressaltando que a medida retroage cinco anos, permitindo que empresários possam regularizar débitos anteriores por meio de programas de refinanciamento fiscal. Ele agradeceu a articulação da Prefeitura e a abertura para o diálogo.
Segundo o presidente da Câmara Municipal, vereador Joabe Lira, a nova legislação pode garantir a permanência de cerca de 3 mil trabalhadores nas áreas industriais e evitar o fechamento ou migração de empresas. Lira também elogiou o empenho do Executivo municipal ao enviar a proposta e destacou que a medida estimula a economia local e novos investimentos.
A lei aprovada integra uma estratégia mais ampla de fortalecimento do setor industrial no município e reforça a interlocução entre a Prefeitura e entidades representativas do setor produtivo, como a Fieac.