Na Capital do Acre, Rio Branco, na última segunda-feira (12), cerca de 60% do abastecimento de água na cidade ficou comprometido por conta do abalo nas estruturas da adutora de captação que liga ao sistema de distribuição que abastece boa parte da Capital.
Na manhã desta quinta-feira (15), o prefeito Tião Bocalom (PP), se reuniu com a equipe administrativa e técnica do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), para resolver, em definitivo, o problema do rompimento da adutora da ETA II.
Bocalom disse durante a reunião que as equipes têm buscado solucionar o problema o quanto antes. “Eu quero pedir paciência e desculpas à população pelo que está acontecendo, que é um problema que não foi criado por nós. É um problema que vem lá de trás. Foram milhões de reais gastos na água durante esses vinte anos, e infelizmente não resolveram o problema”, salientou.
Destaque no Txai Amazônia, empreendimento familiar une fé e preservação em produção de óleos essenciais na Chapada Diamantina
Com quase 19 mil seguidores no Instagram, o empreendimento une sociobiodiversidade e economia, principais temas do Seminário Internacional Txai Amazônia, realizado entre os dias 25 e 28 de junho, no espaço eAmazônia da Universidade Federal do Acre, em Rio Branco.
Fruto do sonho de uma família, a Essências da Chapada é uma empresa familiar de produção de óleos essenciais, nascida na Chapada Diamantina, na Bahia. Jé, Paulinho, Madu e Maga, a Família X, transformaram Ibicoara em seu laboratório, onde a fé e preservação se tornam cheiro e saúde. Com quase 19 mil seguidores no Instagram, o empreendimento une sociobiodiversidade e economia, principais temas do Seminário Internacional Txai Amazônia, realizado entre os dias 25 e 28 de junho, no espaço eAmazônia da Universidade Federal do Acre, em Rio Branco.
O “Essências” será um dos casos de sucesso emblemáticos da bioeconomia regional presentes no TXAI Amazônia. Paulinho, um dos fundadores, fala sobre o início de sua jornada. Para ele, o encanto pelas belezas naturais e a história da região, aliado à indignação com o crescimento constante da produção de resíduos sólidos, contribuíram para a construção do projeto:
“E, no passo seguinte, veio a curiosidade pelas plantas, os raizeiros e todo esse conhecimento popular. A Jé começou, junto com a Liz e a Isa, a fazer sabonete. Começamos a usar e vimos que era interessante. Mas eu gostaria de frisar que o foco principal era o aproveitamento dos resíduos mesmo e, obviamente, a parte medicinal e ecológica veio junto. Foi um mundo que a gente acabou gostando e também enxergou como uma possibilidade de fonte de renda, já que o turismo e a hospedagem estavam crescendo muito”, revela.
31,9% dos municípios brasileiros ainda utilizam lixões como unidade de disposição final de resíduos sólidos, considerada a pior forma de destinação, segundo o IBGE em 2023. A preocupação da Família X gerou renda e apontou uma rota que não só preserva o meio ambiente, mas também o torna produtivo. Outro aspecto da empresa é o resgate histórico-cultural da Chapada Diamantina, além da conexão com os antepassados dos produtores: “A gente acaba resgatando uma herança que era até da nossa família. A avó da Jé já fazia sabão e minha avó paterna benzia”.
A participação do empreendimento no Txai Amazônia será na sexta-feira, 27, às 10h30, no eAmazônia (Ufac). Para participar, os interessados devem efetivar a sua inscrição por meio do site do Txai Amazônia. O link também está disponível nas redes sociais do @txai.amazonia.
Consolidação e desafios
A marca nasceu em 2018 (Foto: Arquivo Pessoal)
A marca iniciou a comercialização de produtos como sabonetes, shampoos, óleos essenciais, águas aromáticas, pomadas, desodorantes e outros fitocosméticos em 2018. Todos são elaborados com plantas nativas ou cultivadas na Chapada Diamantina. A proposta sempre foi oferecer produtos 100% naturais, voltados tanto para uso familiar quanto para a comunidade e visitantes.
Com o tempo, eles construíram um laboratório no Campo Redondo, comunidade rural de Ibicoara, o que permitiu ampliar a produção e elevar a qualidade dos produtos, consolidando assim a marca. Em cinco anos de atuação, produziu óleos essenciais de 30 espécies de plantas brasileiras, incluindo oito espécies nativas da região.
“A gente despertou ainda mais esse querer de estar junto com a comunidade, de fortalecer tudo isso. O que eu vejo são esses fatores: da gente não só fazer parte diretamente da comunidade, mas também inseri-la dentro do nosso projeto”, declara Paulinho.
Contudo, a Essências da Chapada também enfrenta desafios, como a falta de investimento. Mesmo com uma forte rede de apoio, o retorno financeiro segue sendo um desafio, assim como a ausência de iniciativas do poder público para o fortalecimento de marcas populares como esta.
“O que a gente sonha mesmo é com a estabilização, que ela possa gerar renda pra gente conseguir viver bem, em harmonia com o Campo Redondo, com nossos quereres. Imaginando que essas comunidades têm até mais potencial do que a gente, porque já vivenciam mesmo, de fato, esse conhecimento popular. A Essências da Chapada só tende a somar”, finaliza o entrevistado.
E esse é um dos pontos de retorno do Txai Amazônia, impulsionar o fomento de possíveis investidores nos empreendimentos que atuam na área de bioeconomia e sociodiversidade do país, em especial, da Região Amazônica.
Sobre o TXAI Amazônia
Estreando no Acre, o seminário reunirá líderes dos nove estados da Amazônia Legal, além de Bolívia e Peru, para promover a bioeconomia e a valorização da sociobiodiversidade como base para o desenvolvimento econômico da região.
O seminário é organizado pelo Instituto SAPIEN, uma instituição científica, tecnológica e de inovação dedicada à pesquisa e gestão para o desenvolvimento regional, em parceria com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), o Governo do Estado do Acre, suas secretarias e 25 instituições locais.
Durante quatro dias, o TXAI Amazônia abordará sete temas em 15 painéis, apresentando 20 casos de sucesso da bioeconomia regional e uma Mostra Artística que integrará povos tradicionais, comunidade acadêmica e autoridades. O evento tem expectativa de 2 mil participantes presenciais e é totalmente gratuito.
Com mais de quatro décadas dedicadas à comunicação, o jornalista, escritor e humorista acreano Antônio Klemer estreou oficialmente o KlemerVerso, projeto de criação e distribuição de conteúdos digitais em formatos variados. A produção é assinada pela Wave Produções e pela Cidade Publicidade, do Grupo WL, com distribuição nas principais plataformas digitais.
O anúncio do projeto foi feito em um vídeo publicado nas redes sociais, no qual Klemer mistura ironia, improviso e referências ao cotidiano acreano. “Você não sabe bem o que vai encontrar aqui. E eu também não”, diz ele logo no início, numa espécie de manifesto audiovisual. “Tem dia que é zoeira. Tem dia que é análise. Tem dia que é o caos total… A cada clique, um universo. Bem-vindo ao KlemerVerso”, conclui, convidando o público a seguir os canais, comentar e compartilhar os conteúdos.
O KlemerVerso reúne diferentes quadros distribuídos por diferentes estilos e conteúdos, potencializando toda a criatividade e histórico de Klemer no centário atual das redes sociais. “O KlemerVerso alia criatividade, humor e identidade regional com potencial comercial. Klemer dá o tom certo para esse diálogo com novos públicos e com o mundo digital. O Grupo Lucena já prepara outros projetos que reforçam esse posicionamento multiplataforma”, declara Wagner Lucena, publicitário e CEO do Grupo WL.
Trajetória
Aos 63 anos, Klemer tem uma longa trajetória na televisão, na imprensa e no teatro. Iniciou a carreira ainda jovem, na TV Acre, passou por emissoras locais e nacionais e tornou-se conhecido por suas participações no Programa do Jô, no Show do Tom, e por parcerias com humoristas como Chico Anysio, Tom Cavalcante e Tiririca.
Ficou conhecido nacionalmente pela criação do “Dicionário do Acreanês”, obra que reúne expressões populares do vocabulário regional. A publicação teve apresentações assinadas por artistas como Falcão e Tom Cavalcante. Klemer também levou o projeto para os palcos com espetáculos como Manual de sobrevivência na terra onde o cupuaçu abunda, com circulação em Rio Branco e outras cidades.
Em sua trajetória, sempre explorou o cruzamento entre linguagem popular, memória oral e crítica social.
Acompanhe
Os conteúdos do KlemerVerso estão disponíveis nas seguintes plataformas:
O Governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), registrou 897 voos em maio nos aeródromos estaduais. Com esse resultado, o estado chegou a 4.026 operações aéreas acumuladas entre janeiro e maio de 2025.
Os dados constam no Relatório de Controle Aeroportuário divulgado nesta sexta-feira, 6. O levantamento aponta que 88% das operações foram de voos regulares. A aviação regional tem papel central na mobilidade da população, especialmente em municípios com acesso limitado por via terrestre.
Feijó liderou em volume de voos no mês, com 289 decolagens – sendo 254 regulares, 31 de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e quatro com helicóptero. Em seguida, aparecem Tarauacá (204), Marechal Thaumaturgo (139), Jordão (121), Porto Walter (59), Santa Rosa do Purus (48), Manoel Urbano (19) e Xapuri (18).
A presidente do Deracre, Sula Ximenes, destacou os investimentos na infraestrutura aeroportuária. “Com o compromisso do governador Gladson Cameli, seguimos avançando para tornar os aeroportos mais eficientes e seguros”, afirmou.
Em comparação com os anos anteriores, o número de voos cresceu 28,6% entre 2023 e 2024, passando de 7.123 para 9.162. A média mensal de operações em 2025 segue acima de 800, com tendência de manutenção do crescimento até o final do ano.