A comissão organizadora da VIII edição da Ecoflores, esteve nesta quarta-feira (7), no gabinete do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom para apresentar a estrutura da feira e pedir apoio institucional para o evento.
A feira de economia solidária e popular será realizada de 28 de junho a 2 de julho, no Horto Florestal, em Rio Branco e vai reunir 150 expositores do Brasil, Peru e da Bolívia. O público esperado é de 20 mil visitantes durante os cinco dias de feira.
São empreendimentos de diversos segmentos sociais, de associações e cooperativas de vários municípios do Acre, que vão expor e vender produtos da agricultura familiar, artesanato, alimentação, jardinagem, economia criativa, artistas plásticos, bazar, movelaria, cerâmica, brinquedos, entre outros.
O Presidente da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários – Unisol Acre, Carlos Omar apresentou o detalhamento do evento e pontuou aos presentes a importância da Ecoflores para a cidade.
“Essa feira envolve centenas de pessoas, de famílias, ela vai contribuir para a geração de trabalho e renda e movimentar a economia local. Neste sentido, o apoio do prefeito Bocalom e da Prefeitura de Rio Branco na realização da feira vai ajudar muito, todos os parceiros são fundamentais nesse processo de fortalecimento da economia solidária e popular na nossa cidade, só temos a agradecer a disposição do prefeito e de toda a sua equipe em ajudar”, ressaltou.
O prefeito Tião Bocalom declarou apoio irrestrito da gestão municipal para a realização da atividade organizada pela Unisol Acre e parceiros. “Podem contar com meu apoio e da minha equipe, já temos várias secretárias envolvidas, cedemos o Horto Florestal para a realização da feira, mas vamos ajudar ainda mais no que for necessário, porque acreditamos que iniciativas como essa contribuem com a geração de trabalho e de renda para as famílias, além de movimentar a economia, as pessoas têm a oportunidade de melhorar a renda, contem com nosso apoio”, declarou o prefeito.
Neide Alves estará presente na feira expondo diversos tipos de plantas, ela comenta a expectativa para o evento. “Já participei de outras edições da Ecoflores e eu acredito que terei 100% de aumento nas vendas, como vivo da venda de plantas, a minha expectativa é muito positiva de quer será um sucesso a feira”, disse.
Seminário
Como parte da programação, será realizado dia 30 de junho, em um dos galpões do Horto Florestal, o Seminário Internacional Ecoflores Pan 2023 com o tema: Fortalecimento da Economia Solidária e Popular, Agricultura Familiar como estratégia o desenvolvimento sustentável, que terá a presença do Secretário Nacional de Economia Solidária do Governo Federal, Gilberto de Carvalho.
Parceria
A VIII Ecoflores é uma realização da Unisol Acre, em parceria com o Sistema OCB/Sescoop Acre, Reaja, Gabinete do deputado estadual Pedro Longo, Governo do Estado, Prefeitura de Rio Branco, ex-deputado estadual Daniel Zen, ex-deputado federal Leo de Brito, que destinaram emendas para a realização da atividade.
Estiveram presentes na reunião o presidente da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários – Unisol Acre, Carlos Omar, o presidente da Organização da Central de Cooperativas Brasileiras no Acre (OCB/A), Silvia Monteiro, representando o deputado estadual Pedro Longo, o presidente da Rede Ecocidadania – Reaja, Antônio Cerezo, e representantes de empreendimentos de economia solidária que estrão expondo na feira.
Texto: Andréia Oliveira, com colaboração de Bruna Rosa. Fotos: Bruna Rosa.
A Assembleia Legislativa do Acre participa, entre 3 e 5 de dezembro, em Bento Gonçalves (RS), da 28ª Conferência Nacional da Unale, que reúne parlamentares estaduais de todo o país para discutir o papel dos Legislativos no contexto da inteligência artificial e das emergências climáticas. Além da presença institucional, a ALEAC concorre ao prêmio nacional da entidade nas categorias projetos especiais e reportagem legislativa, resultado de iniciativas desenvolvidas ao longo de 2025.
A conferência deste ano tem como eixo o tema Humanidade Conectada: Os Legislativos Estaduais no Tempo da IA e das Emergências Climáticas, conforme o material oficial apresentado pela organização do evento. Paralelamente à programação central, está prevista uma reunião do Parlamento Amazônico para analisar os resultados da COP realizada no Brasil, além da assembleia do Colegiado de Presidentes das Assembleias, que contará com a participação do presidente da ALEAC, deputado Nicolau Júnior.
A disputa da ALEAC pelo prêmio nacional inclui o projeto Redação Nota Mil, desenvolvido pela Escola do Legislativo Acreano, que atendeu mais de 1.700 jovens ao longo do ano. A iniciativa é destacada pela instituição como uma estratégia de aproximação com estudantes e preparação para avaliações educacionais. Segundo a Unale, os estados concorrem com iniciativas que demonstram impacto social, inovação legislativa ou relevância para a formação cidadã.
O histórico de participação da ALEAC na premiação inclui o segundo lugar na edição de 2024, realizada no Rio de Janeiro, quando o Legislativo acreano apresentou o programa de aulas preparatórias para o Enem desenvolvido em uma aldeia indígena na zona rural de Feijó. A continuidade das inscrições em 2025 reforça o interesse do Legislativo acreano em manter projetos voltados à educação, inclusão e fortalecimento da atuação institucional.
A conferência propõe que os Legislativos discutam tendências digitais, impactos da IA na gestão pública e respostas às crises climáticas que afetam diferentes regiões do país.
A Câmara de Rio Branco tenta ampliar sua fatia no orçamento municipal ao propor que contribuições previdenciárias sejam incluídas na base de cálculo do duodécimo. A medida, protocolada em 11 de novembro de 2025, pode elevar o repasse anual de cerca de R$ 60 milhões para até R$ 80 milhões.
A Câmara Municipal de Rio Branco decidiu testar os limites da responsabilidade fiscal. A proposta de emenda à Lei Orgânica, apresentada em 11 de novembro de 2025, tenta incluir contribuições previdenciárias na base de cálculo do duodécimo. O objetivo é óbvio: inflar o repasse ao Legislativo.
Não se trata de garantir “independência”, como tenta argumentar a justificativa oficial. Trata-se de aumentar o caixa da própria Câmara em um momento de crise, enquanto a Prefeitura corta despesas, revisa contratos e tenta manter serviços essenciais funcionando.
Caso aprovada, a mudança reduzirá o volume de recursos disponíveis para áreas como saúde, educação e assistência social, além de aproximar o Executivo dos limites de despesa com pessoal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
A reportagem procurou membros do TCE que foram enfáticos ao classificar a tentativa como um desvio de cálculo e alertam para riscos de sanções, responsabilização de gestores e pressão sobre os limites fiscais da Prefeitura. Em outras palavras: a Câmara tenta empurrar o Executivo para o abismo fiscal e, com isso, arrastar toda a cidade junto. “Esse tipo de inclusão distorce a receita disponível do município. É um movimento que contraria a técnica orçamentária, pressiona os limites fiscais e cria risco de sanções para quem autorizar ou executar.”
Recentemente, a Câmara aprovou o aumento das emendas parlamentares de 1,15% para 2% do orçamento. As duas medidas ampliam a participação do Legislativo nas receitas municipais em um momento de cortes e ajustes promovidos pelo Executivo.
A proposta tramita na Câmara em meio a questionamentos técnicos e já nasce sob risco de judicialização. No fim das contas, a manobra não fortalece o Legislativo enfraquece Rio Branco, corrói o orçamento municipal e compromete serviços essenciais.
E, como sempre, nessa política de “pouca farinha, meu pirão primeiro”, quem acaba arcando com o ônus não é o vereador nem o gestor: é o povo, que paga a conta.
A Câmara Municipal de Rio Branco iniciou, na manhã de 1º de dezembro, o processo de análise da Lei Orçamentária Anual de 2026 durante audiência pública conduzida pelo vereador Márcio Mustafá, presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação. O encontro, realizado no plenário da Casa, buscou discutir o Projeto de Lei Complementar nº 33/2025, que estima receitas e fixa despesas do Município para o próximo ano, reunindo parlamentares, gestores da Prefeitura, representantes de instituições e membros da sociedade civil.
A abertura do debate foi marcada pela fala de Mustafá, que destacou a função estratégica da LOA no planejamento municipal. “Aqui não tratamos apenas de números, mas de prioridades. Discutimos qual cidade queremos construir”, afirmou. Ele também reforçou o papel do Legislativo no processo e ressaltou que o orçamento precisa alcançar as comunidades e serviços essenciais.
O secretário municipal de Planejamento, Wilson Leite, apresentou os parâmetros técnicos da proposta e afirmou que o processo foi conduzido com transparência. “A gente traz e compartilha com toda a população os números de Rio Branco e como chegamos a esses valores”, disse. Ele reconheceu ainda o esforço das equipes técnicas envolvidas na elaboração da proposta. Na exposição subsequente, a diretora de Orçamento Municipal, Renata Costa, explicou a evolução das receitas e despesas, incluindo reduções aplicadas em estimativas anteriores. Segundo ela, a operação de crédito prevista para 2025, de R$ 175 milhões, foi reavaliada para R$ 67 milhões em 2026, e a receita patrimonial ficou abaixo do estimado no período anterior, exigindo ajustes.
O debate também recebeu contribuições da sociedade civil. Representando o Movimento Junino, Paulo Leopoldo Lima defendeu a inclusão do segmento no orçamento, lembrando o impacto econômico do setor e os custos envolvidos na manutenção das quadrilhas. “É um trabalho que movimenta costureiras, aderecistas, coreógrafos e empreendimentos comunitários”, afirmou.
Entre os parlamentares, surgiram preocupações relacionadas à participação popular, cultura, esporte e serviços essenciais. O vereador Fábio Araújo questionou o alcance da consulta pública, que não atingiu 1% da população, e apontou valores reduzidos nos fundos municipais. Zé Lopes relatou demandas por água, pavimentação e limpeza pública nas comunidades. Samir Bestene alertou para impactos da redução orçamentária sobre agricultura familiar, assistência social e investimentos. André Kamai destacou a baixa confiança da população no processo participativo e mencionou que o orçamento destinado à cultura se aproxima do valor gasto com decoração natalina no Município. Já Felipe Tchê chamou atenção para a queda nos investimentos, que passam de R$ 529 milhões em 2025 para R$ 375 milhões em 2026.
Em resposta aos questionamentos, o secretário Wilson Leite explicou limites legais e financeiros enfrentados pela gestão municipal. Ele citou a inadimplência na taxa de limpeza pública, que arrecadou R$ 9 milhões dos R$ 20 milhões lançados, e lembrou que 80% do orçamento está comprometido com despesas obrigatórias, como saúde, educação e folha de pagamento.
As discussões seguirão nas comissões permanentes e posteriormente em plenário até a votação final da LOA 2026.